Informe epidemiológico da Prefeitura de Manaus atualiza números de casos de arboviroses

Por Prefeitura de Manaus

29/04/2024 19h07

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#paratodosverem – agente de saúde verifica a existência de larvas de mosquito

A Prefeitura de Manaus atualiza os números de casos de dengue, zika, chikungunya, oropouche e mayaro registrados na capital, por meio do Informe Epidemiológico das Arboviroses, nesta segunda-feira, 29/4. A nova edição do relatório, elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), reúne dados referentes à Semana Epidemiológica 17, de 21 a 27 de abril deste ano.

Em sua edição nº 17, o informe da Semsa Manaus registra 12 novos casos de dengue, confirmados dentre 91 casos notificados (suspeitos) na última semana. O município contabiliza, no acumulado deste ano, 1.992 casos confirmados da doença, dentre 8.313 casos notificados, dos quais 518 continuam sendo investigados. Permanece o total de um óbito pela arbovirose, e um outro óbito segue em investigação.

Não constam do informe novos casos confirmados ou suspeitos de zika. Os números da doença registrados neste ano se mantêm nos mesmos patamares da publicação anterior, com 20 casos confirmados e 62 notificados, dois dos quais permanecem em investigação. Não há óbitos confirmados ou suspeitos em decorrência da arbovirose.

Também não houve notificação nem confirmação de novos casos de chikungunya na última semana epidemiológica, segundo o relatório da Semsa. Cinco casos da arbovirose foram confirmados neste ano, de um total de 91 casos notificados; dentre estes, 25 seguem em análise. Não constam óbitos suspeitos ou confirmados pela doença.

Sem novos registros na última semana, permanece em 866 o total de casos de oropouche contabilizados neste ano, na capital, mantendo-se ainda o total de um óbito causado pela doença. O cenário de mayaro também se manteve inalterado, com o total de três casos em 2024, sem registro de óbitos.

Todos os casos e óbitos de oropouche e mayaro relatados no informe são confirmados por critério laboratorial, não havendo casos ou óbitos em investigação por essas arboviroses. O relatório não traz dados de casos notificados das doenças, por não se tratar de agravos de notificação obrigatória.

O Informe Epidemiológico das Arboviroses da Semsa reúne dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), sujeitos à atualização. A publicação é elaborada pelas gerências de Vigilância Epidemiológica, de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde.

Todas as edições do informe podem ser consultadas no site da Semsa, com acesso pelo link https://semsa.manaus.am.gov.br/vigilancia-epidemiologica/boletim-arboviroses/  .

Vigilância, controle e imunização

A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, informa que as estratégias da Semsa para o combate à dengue e outras arboviroses incluem o manejo ambiental e as inspeções de agentes de vigilância nas casas, entre outras medidas de prevenção e controle. As ações são realizadas em caráter permanente, com reforço no período das chuvas da região, quando a umidade e o calor criam condições propícias à infestação de mosquitos vetores das doenças, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

“Mas, para um resultado efetivo, precisamos que a população colabore, vistoriando seus imóveis para eliminar focos de água parada, onde o mosquito se cria. É um inimigo que mora ‘ao lado’, literalmente, pois a maior parte desses criadouros fica nas casas e quintais”, diz Shádia.

A secretária orienta os moradores a seguir, semanalmente, o Checklist 10 Minutos contra a Dengue, com medidas simples para combater as infestações. Entre elas, está o descarte correto de entulhos e dejetos nos quintais, a limpeza de calhas e ralos, e a vedação adequada das caixas d’água, para citar algumas.

Em complemento às ações de vigilância e controle, a Semsa também está vacinando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos contra a dengue. A secretária pontua que a faixa etária da ação foi ampliada para pessoas de 4 a 59 anos, de forma temporária, no último dia 19 de abril, por orientação do Ministério da Saúde, para evitar a perda de 3.700 doses da vacina, não aplicadas na população prioritária e que tinham validade até o fim deste mês.

“As doses se esgotaram num único dia, e com isso a vacinação voltou a ter como foco os jovens de 10 a 14 anos. Essa parcela da população é mais suscetível à hospitalização por dengue, por isso os pais devem se esforçar e levar esses jovens para se vacinar nos postos de saúde”, recomenda Shádia.

Mais de 70 unidades de saúde da Semsa ofertam a aplicação de doses contra a dengue. A lista completa de estabelecimentos, com endereços e horários de funcionamento, pode ser conferida em https://bit.ly/salasvacinaqdenga.

Após receber a dose, segundo recomendação do Ministério da Saúde, a criança ou adolescente deve permanecer de 15 a 30 minutos no posto de saúde, para observação. A vacina deve ainda ser aplicada de forma isolada, com intervalo de 30 dias de outras vacinas atenuadas (Febre Amarela, Varicela e Tríplice Viral) e de 24 horas para as demais do calendário básico.

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Texto – Jony Clay Borges / Semsa

Fotos – Divulgação / Semsa