Escola de educação especial da prefeitura realiza bazar com mães atípicas empreendedoras

Mães de alunos da escola municipal de educação especial André Vidal de Araújo, da Prefeitura de Manaus, no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul, participaram, nesta quinta-feira, 5/10, do bazar e brechó do projeto “Mães empreendedoras”, que foi criado em junho deste ano. O evento foi realizado na quadra da unidade de ensino com a comercialização de itens produzidos pelos responsáveis dos alunos, como artesanato, alimentação, bordado, entre outros.

A ação é resultado de todo um trabalho com as mães dos alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da escola.

Para a diretora da escola, Rocicleide Baima, a programação é mais do que uma ação, é principalmente uma oportunidade para as mães que se dedicam tanto aos seus filhos, que ficam privadas de qualquer outra atividade e de até conseguir uma renda extra.

“Nós temos a necessidade dessas mães que passam o dia na escola, com o seu filho na sala de aula e fazendo outras atividades. Em uma reunião com as mães, inclusive com a secretária de Educação, professora Dulce Almeida, que sempre tem nos apoiado de todas as demandas que levamos, conforme a necessidade de cada uma, na qual temos dado esse suporte para essa possibilidade. Algumas, já são empreendedoras e outras gostariam de ser. Isso está dando muito certo, porque estão podendo desenvolver o trabalho que fazem de artesanato, brechó, alimentação, isso é muito importante”, comentou.

A organizadora do evento foi a autônoma Jacqueline Rodrigues, 48, mãe do aluno da 3ª fase da EJA, Nicolas Gabriel Barroso, 21, que estuda na escola desde 2008. Para ela, ver as mães, responsáveis pelos alunos, foi muito satisfatório.

“Fui procurada pelas mães para realizar esse bazar, porque antes era só na escola. Perguntei para todas sobre a oportunidade de abrir todo o mês, e depois falei com a pedagoga da escola sobre isso. Tem muitas mães que não conseguem sustentar o filho sozinha, com os benefícios, onde muitas são mães solteiras, criam os filhos sozinhos, e vivem mesmo da venda de bolo, salgado, entre outros produtos”, concluiu.

Sempre participativa nos eventos da escola, a doméstica Fabrícia Medeiros, 39, que é mãe da aluna do 2º ano do ensino fundamental, Julia Camila Ribeiro Sena, 12, que levou seus trabalhos de artesanato e brechó, ficou satisfeita pela oportunidade.

“Todas nós mães atípicas só temos a agradecer por este evento, pela escola, pela nossa diretora, porque foi de suma importância. Muitas pessoas não olham esse lado da mãe atípica, que não tem com quem deixar seus filhos. A escola nos apoiando foi de suma importância, porque nossos filhos estão em sala de aula, fazendo as atividades deles, enquanto, a gente está aqui conseguindo trabalhar e vender as nossas coisas. Só temos a agradecer à secretária Dulce Almeida e ao nosso prefeito David Almeida. A palavra de ordem de hoje foi gratidão, porque já temos essa renda praticamente confirmada”, contou.

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Texto – Paulo Rogério/ Semed

Fotos – Eliton Santos/ Semed

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