Turismo
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O que ver e fazer em Manaus

Única em suas singularidades, que vão da exótica e complexa biodiversidade amazônica à agitada vida urbana em meio a admiráveis prédios e monumentos históricos, Manaus reflete uma atmosfera ímpar em suas diversas manifestações culturais. Seja na língua, gírias, costumes, culinária, hábitos, ou mesmo na arquitetura, festividades típicas, artes e na tão característica hospitalidade, a Metrópole do Norte do País, a Paris dos Trópicos, Manaus é um convite à imersão em um Brasil que você só encontra aqui!

Localizada na maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica, e circundada por inigualável beleza natural composta pelos seus rios, Manaus confirma sua condição de cidade com vocação turística mundial, dotada de infraestrutura urbana e de crescente oferta de serviços de qualidade.

ATRATIVOS

Em terra firme, as atrações ficam por conta das grandiosas construções que remetem ao período da Belle Époque – conhecido também como Ciclo da Borracha -, o Teatro Amazonas, Mercado Adolpho Lisboa são bons exemplos. Além de museus históricos e ecológicos. A saborosa gastronomia fica por conta dos peixes e frutos regionais que podem ser degustados nos inúmeros restaurantes de todas as faixas de preço. À noite, Manaus ferve, não só pelo clima mais aquecido da capital amazônica, mas também pelo agito dos bares, pubs e casas noturnas espalhados por toda cidade e abrangendo vários públicos.

Por via fluvial, o primeiro local que deve-se falar é a Praia da Ponta Negra, frequentada diariamente mas aos fins de semana é o ponto alto, quando a população vai ao encontro da areia quente e da água morna. Por falar em encontro, através de passeio de barco é possível apreciar o famoso Encontro das Águas, confluência entre as águas escuras e cheias de energia do Rio Negro com a força das águas barrentas do Rio Solimões.

Navegando também chega-se ao Arquipélagos de Anavilhanas, onde é possível vivenciar o mergulho com o boto cor de rosa, entre outros encantos naturais. Nas comunidades ribeirinhas, um universo rico em cores, cheiros e sabores tradicionais da cultura indígena, que deu origem ao povo manauara. Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, por exemplo, você encontra um santuário natural preservado, distante a apenas 25 minutos, por via fluvial, de Manaus. A reserva é composta por seis comunidades que têm no turismo de base comunitária e na agricultura familiar as principais fontes de renda.


TEATRO AMAZONAS

Inaugurado em 31 de dezembro de 1896, o Teatro Amazonas veio para a apresentação de peças e óperas de companhias europeias, tornando-se símbolo máximo do rico Ciclo da Borracha e sendo até hoje, o maior símbolo cultural e turístico da região.

A construção é encantadora, por dentro e por fora. A fachada neoclássica é pintada de rosa com detalhes brancos, apresenta uma cúpula feita com 36 mil escamas de cerâmica nas cores da bandeira brasileira. Já no interior, chamam a atenção o hall de entrada em mármore português, a escadaria em mármore italiano e ferro inglês, além da sala de espetáculos, com capacidade para 700 pessoas, decorada com lustres e máscaras venezianos. Ao levantar o olhar é possível contemplar a belíssima pintura feita em alusão à base da Torre Eiffel de Paris, além das quatro telas pintadas em Paris pela Casa Carpezot, onde são retratadas alegorias à música, dança, tragédia e uma homenagem ao grande compositor brasileiro Carlos Gomes.

Atualmente, o Teatro é utilizado para eventos musicais, peças, espetáculos, concertos, entre outros. Algumas dessas solenidades são históricas e têm datas certas no calendário, por exemplo, em maio, o local é cenário para o Festival Amazonas de Ópera, criado em 1997.

Caso não seja possível assistir esses espetáculos, vale muito a pena fazer uma visita guiada, com meia hora de duração. De terça a sábado, o Teatro é aberto para visitação das 9 às 17 horas. Aos domingos, o horário é mais reduzido, vai das 9h às 13h. A entrada é gratuita para amazonenses, mediante comprovação; e fora isso são R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). O Teatro fica localizado no Largo São Sebastião, no Centro.


LARGO SÃO SEBASTIÃO

Localizado ao redor da atração anterior, o Largo Sebastião vem para somar aos encantos da capital amazonense. O marco inicial da sua existência é como praça no ano de 1867, quando foi instalada, na área central do terreno uma coluna de pedra, com seis metros de altura, em alusão à abertura dos portos do Amazonas às demais nações.

Apesar dessa iniciativa, o local permaneceu sem nada a mais até o fim do século XIX, quando o governador da época, José Cardoso Ramalho Júnior, mandou embelezar a área no entorno do então recém construído Teatro Amazonas. Em agosto de 1899, a área central foi calçada com as pedras portuguesas de calcita branca e basalto negro, que fazem um desenho em formato de ondas. Apesar das afirmativas de alguns autores locais de que o calçamento é uma representação das águas dos rios Negro e Solimões, seu desenho nada mais é do que uma imitação do existente na praça de Dom Pedro IV, em Lisboa.

Por toda extensão do local é possível encontrar opções de entretenimento, desde bares e lanchonetes, até galerias de arte, além de empreendedores vendendo tacacá, pipoca, churros etc.

Outro local que também pode ser visitado e fica nessa extensão, é a Paróquia de São Sebastião, localizada na rua 10 de Julho com sua frente para o Largo. Foi inaugurada em 1888 e elevada à categoria de paróquia em 1912, é uma das igrejas mais antigas de Manaus.

Sua arquitetura é eclética, composta pela torre no estilo gótico, o frontão neoclássico e a abóbada renascentista e pinturas do período bizantino, por conta dessa diversidade e beleza deslumbrante a igreja é bastante procurada para a realização de casamentos.

A igreja também é conhecida pelo badalar dos sinos, às 17h45 o sino toca um ensurdecedor badalar chamando os fiéis para a Santa Missa do início da noite. Ao meio-dia e às 18h há um toque referente ao horário da refeição de almoço e jantar. Aos domingos, o badalar é alto e bem ritmado, como o movimento nesses arredores é baixo, é possível ouvir o sino num raio bem maior.

Foto: Arquivo/iMotion.

MERCADO MUNICIPAL ADOLPHO LISBOA

Esse é mais um espaço que também foi construído durante o ciclo da borracha com inspiração europeia no Mercado Les Halles, em Paris. Inaugurado em 1883 e localizado às margens do Rio Negro, no Centro da cidade, o Mercadão é um dos mais importantes espaços de comercialização de produtos e alimentos típicos da Amazônia, artesanatos indígenas, ervas medicinais, farinhas, tucupi, artigos decorativos.

Em estilo Art Noveau, possui um pavilhão central em alvenaria, ladeado por dois pavilhões com estrutura em ferro fundido e forjado, com pórtico de ferro rendilhado e vitrais. Há o Pavilhão da Carne, o Pavilhão do Peixe, o Pavilhão Frontal e os Pavilhões Pará e Amazonas. A entrada pode ser feita tanto pela rua dos Barés quanto pelo lado da Manaus Moderna, como é conhecida a via de acesso ao porto fluvial.

O Mercado funciona de segunda a sábado, das 6h às 17h, e aos domingos e feriados, das 6h às 13h. A entrada é gratuita.

Foto: Arquivo/iMotion.

PAÇO DA LIBERDADE

Um dos mais antigos prédios de Manaus, o Paço Municipal foi erguido em 1872, como forma de marcar o poder territorial do Império na Região Norte e conta não apenas a história da cidade, mas guarda em suas fundações conhecimentos técnicos que ainda hoje são estudados por alunos e professores de arquitetura.

Abrigou a sede do governo da Província do Amazonas, sede do governo do Estado, foi residência do presidente da Província e outros governadores, até que, em 1917, tornou-se sede da Prefeitura de Manaus. A histórica estrutura une beleza arquitetônica com as mais modernas manifestações artísticas, pensando em enriquecer ainda mais esse local, em 2018 foi inaugurado o Museu da Cidade de Manaus, com oito salas de visitação que retratam a vida cotidiana, a identidade e a cultura de gerações passadas, utiliza a interatividade para contar a história de Manaus a partir de textos, sons e imagens.

Suas amplas salas são divididas em diferentes seções, que abrigam exposições permanentes e temporárias. A exposição principal é a “Manaus: História, Gente e Cultura” que trabalha tanto os aspectos históricos, como o processo evolutivo de construção da capital, focado, sobretudo, na inserção das pessoas na construção desse modelo de cidade.

O passeio no local é composto pela visitação nas salas: “Afluentes do Tempo”, “Casas-Cabeças”, “Banhos de Origens”, “Sala dos Prefeitos”, “Anéis de Crescimento”, “Rios voadores”, Sala de Arqueologia e “Mercado”.

Aos arredores também é possível visitar o Palácio Rio Branco, antiga sede da Assembleia Legislativa do Amazonas. A Praça Dom Pedro II também é outra opção, com coreto, chafariz e bem arborizada, o local é um bom local para um passeio antes ou após a visitação ao museu.

O Museu da Cidade de Manaus é aberto para visitação de segunda a sexta, das 9h às 16h30 e aos sábados, das 9h às 12h30, mediante agendamento. A entrada é gratuita.

Foto: Arquivo/SEMCOM.

PALACETE PROVINCIAL

O Palacete Provincial é um imóvel centenário impregnado de importantes fatos ligados à vida social e política do povo amazonense. Inaugurado em 1875, o prédio já foi sede do Governo e residência dos presidentes da Província do Amazonas até 1888, além de funcionar como Quartel da Polícia Militar do Amazonas por mais de 100 anos.

Atualmente, o prédio abriga um conjunto de cinco museus: Museu de Arqueologia, da Imagem e do Som, de Numismática, Tiradentes e a Pinacoteca do Estado do Amazonas.

O Museu de Arqueologia trata dos acervos recolhidos no território do Amazonas e desenvolve, a partir da sua exposição, processo pedagógico de informação e orientação da população sobre o valor deste patrimônio. A exposição apresenta também uma estatueta de arte mobiliar arqueológica, esculpida e polida em um bloco único de esteatita, mostrando um figura com características humana e animal que está associada à cultura Tapajônica. Também é possível conhecer as formas de sepultamento de alguns povos indígenas, bem como seus respectivos significados.

O Museu da Imagem e do Som do Amazonas resgata, preserva e divulga a produção regional da cultura amazônica, materializada pela imagem e pelo som – cinema, fotografia, música, televisão, rádio, revistas e outros – organizados em acervos museológicos, iconográficos, bibliográficos, arquivísticos, audiovisuais e multimídia.

O Museu de Numismática Bernardo Ramos tem seu acervo constituído por valiosas coleções de moedas da Antiga Grécia, do Império Romano, do Brasil em seus períodos de Colônia, Império e República, além de moedas, cédulas, medalhas e condecorações.

O Museu Tiradentes foi constituído a partir da antiga sala de armas existente no Quartel da Polícia e conta a história da corporação militar amazonense desde seus primeiros dias. Com mobília original da época, além de arquivo integrado, com livros de registros individuais dos membros da corporação, além de armamentos, fardas, armaduras e equipamentos utilizados pelo Corpo de Bombeiros.

A Pinacoteca do Estado possui um acervo de aproximadamente mil obras de arte, nas mais diversificadas técnicas e de autoria de mais de 300 artistas diferentes, oferecendo um panorama abrangente da produção artística brasileira dos séculos XIX e XX, ilustrado, principalmente, por artistas regionais.

O prédio fica localizado na Praça Heliodoro Balbi, que também pode ser uma opção de passeio, fica aberto para visitação de terça a sábado, das 9h às 15h e a entrada é gratuita.

Foto: Arquivo/iMotion.

ARENA DA AMAZÔNIA

A Arena da Amazônia – Vivaldo Lima, ou simplesmente Arena da Amazônia, é o maior estádio de Manaus, fica localizado no bairro Flores, Zona Centro-Sul. Foi construída para ser utilizada como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014; em 2016, também sediou jogos das Olimpíadas, e foi erguida no mesmo local do saudoso Estádio Vivaldo Lima.

Inaugurado em 2014, o projeto arquitetônico foi inspirado em três elementos que representam a região: a natureza, as cores vivas e o elemento artesanal. A Arena representa um grande cesto de palha, objeto tradicionalmente utilizado na cultura indígena para os afazeres domésticos. Internamente, os assentos são marcados pela mistura de tons amarelos, laranjas e vermelhos em referência à rica fauna e às frutas típicas. Tem capacidade para mais de 44 mil torcedores. Em 2015, recebeu o título de 2º melhor estádio do ano de 2014, pelo site inglês Stadium DataBase.

O projeto da Arena tem a proposta de possibilitar boas práticas sustentáveis. Exemplo disso foi o reaproveitamento dos entulhos gerados pelo antigo complexo, racionalização de energia e água, além da reciclagem da água da chuva que é estocada em uma cisterna e usada para irrigação do gramado, nos banheiros e no sistema de ar condicionado.

É totalmente possível fazer uma visitação ao local, elas são feitas de terça a sábado, das 9h às 12h, e das 14h às 17h. Também há a opção de visita programada exclusiva para grupos acima de 20 pessoas. A entrada é R$ 20 (turistas) e R$ 10 (visitantes locais).

Foto: Arquivo/iMotion.

BOSQUE DA CIÊNCIA

O Bosque da Ciência é uma área de visitação pública do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, um espaço dedicado à divulgação científica, educação e lazer, abrigando uma vegetação florestal, contando ainda com animais da fauna amazônica de vida livre, como o sauim-de-coleira e outras espécies.

Lá o visitante encontra um ambiente tranquilo dentro da cidade, tendo a possibilidade de aprender mais sobre a região amazônica, além de vivenciar um contato com a natureza rico em conhecimento e experiências. Ao longo do ano, inúmeros eventos são organizados e oferecidos ao público visitante.

Inaugurado em 1995, o local tem como atrativos trilhas educativas, tanque de peixe-boi, viveiro de ariranhas, dos jacarés, tartarugas da Amazônia, Casa da Ciência etc. Fica localizado na Avenida Bem-Te-Vi, no bairro Petrópolis. Com visitação de terça a sexta de 9h às 12h e 14h às 16h; sábado, domingo e feriados de 9h às 16h. Com entrada gratuita para crianças até 10 anos e idosos a partir de 60, fora essa regra, o valor do ingresso é R$ 5.

Foto: Lton Santos. Arquivo/Semed.

CIGS – CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA NA SELVA

Criado em 2 de março de 1964, o Centro de Instrução de Guerra na Selva fica localizado na Zona Oeste de Manaus, conta com um zoológico onde podemos encontrar animais nativos da região, alguns ameaçados de extinção, com o intuito de preservá-los: onça pintada, pantera negra, arara azul, gavião real, macaco prego, que totalizam 469 animais.

Além do zoológico, o CIGS conta ainda com vários espaços para visitação, como o memorial Jorge Teixeira e ocas de conhecimento. Ocupando uma área de 6 mil m², coberta em sua maior parte de vegetação amazônica.

O Centro fica localizado na Avenida São Jorge, com visitas podendo ser feitas de terça a domingo, das 9h às 16h, inclusive feriados. A entrada é no valor de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), gratuidade para crianças até 12 anos, pessoas acima de 60, pessoas com deficiência, militares e seus dependentes.

Foto: Ricardo Oliveira. Arquivo/SEMCOM.

MUSA – MUSEU DA AMAZÔNIA

Uma casa de cultura e ciência, de convivência e celebração da diversidade do ser no mundo, um lugar onde os humanos e não humanos vivem felizes, com intuito de mostrar mais da ciência e da cultura local. O Museu da Amazônia está localizado dentro da Reserva Florestal Adolpho Ducke, na Zona Leste de Manaus e ocupa 100 hectares (1 km²) dessa área.

Entre seus principais atrativos é possível encontrar: exposições, jardim sensorial, lago de vitórias-régias, aquários, viveiros de orquídeas e bromélias, aráceas, palmeiras, samambaias, serpentes, aranhas e escorpiões, borboletas, cigarras, cogumelos e fungos. Sete trilhas na floresta proporcionam ao visitante passeios agradáveis e descobertas surpreendentes.

A atração turística principal é a torre de observação da floresta com 42 metros de altura, possui uma visão geral da copa das árvores de toda a reserva. Também é possível fazer atividades como observação de aves, nascer do sol e pôr do sol, no valor de R$ 50 e através de agendamento.

A visita sem guia custa R$ 30 e inclui a subida na torre, trilhas na floresta, orquidário, lago, laboratórios experimentais e exposições. Acompanhado por guia o valor fica R$ 50. Meia entrada para estudantes, idosos brasileiros e moradores de Manaus; crianças de até cinco anos tem gratuidade.

O MUSA fica localizado na Avenida Margarita, bairro Cidade de Deus, Zona Norte. Aberto para visitação de quinta a terça, de 8h30 às 17h (com fechamento às 16h00 dos portões).

Foto: Ricardo Oliveira. Arquivo/SEMCOM.
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