Prefeitura de Manaus marca Dia da Malária nas Américas com orientação às comunidades rurais
06/11/2025 15h06
#paratodosverem – Agente da Semsa em programação educativa em zona rural de Manaus
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), promoveu, nesta quinta-feira, 6/11, uma programação educativa em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da zona rural do município sobre a prevenção e controle da malária.
De acordo com o diretor do Distrito de Saúde (Disa) rural, Rubens dos Santos, a programação foi desenvolvida em alusão ao Dia da Malária nas Américas, comemorado no dia 6 de novembro, com ações de educação em saúde, rodas de conversa, distribuição de material informativo, busca ativa de casos suspeitos e oferta do exame.
“A programação aconteceu em unidades de saúde nas comunidades rurais ribeirinhas e terrestres. O objetivo foi reforçar a conscientização sobre a doença e incentivar o controle e prevenção da malária”, informou Rubens Santos.
A chefe do Núcleo de Controle da Malária da Semsa, Ilauana Oliveira Paz, explicou que a malária permanece como um importante desafio para a saúde pública no Brasil, e que a doença é endêmica em Manaus, onde há elevada vulnerabilidade no processo de transmissão, com condições climáticas e ambientais favoráveis à proliferação do vetor de transmissão da doença, o mosquito do gênero Anopheles.
No cenário atual de 2025, entre janeiro e outubro, o município de Manaus registrou 6.466 casos de malária, em um aumento de 42,2%, em relação a 2024, quando foram notificados 4.547, conforme o Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica (Sivep – Malária/Ministério da Saúde).
“Um dos fatores que contribuem para o aumento, neste ano, são as ocorrências constantes de ocupações desordenadas em áreas consideradas mais vulneráveis para a transmissão da malária, com construção de moradias em locais próximas a criadouros naturais do mosquito”, apontou Ilauana Paz.
Para o controle da doença, a Semsa tem atuado com foco na integração e fortalecimento dos esforços municipais voltados à vigilância, prevenção e controle da malária, intensificando ações, especialmente nas áreas com maior risco de transmissão, para proteger a população mais vulnerável e aprimorar as estratégias de enfrentamento da doença.
Ilauana Paz destacou iniciativas como a capacitação de 523 profissionais de saúde, incluindo agentes comunitários, técnicos de enfermagem, enfermeiros, farmacêuticos e outras categorias, reforçando a vigilância e controle da malária.
O trabalho também inclui a ampliação da oferta de testes rápidos em 30 unidades da rede municipal de diagnóstico e tratamento, iniciada em abril de 2025, e que resultou na otimização do diagnóstico precoce e no tratamento oportuno dos casos identificados; e a expansão da realização do exame de G6PD, de 17 para 45 unidades, que proporciona maior segurança no tratamento de pacientes com malária por Plasmodium vivax.
“É um exame que possibilita o uso da Tafenoquina, medicamento que, em dose única, reduz significativamente o tempo de tratamento em comparação aos sete dias exigidos pela Primaquina, promovendo maior adesão e conclusão terapêutica”, informou Ilauana.
As ações da Semsa envolvem, ainda, a intensificação do trabalho de controle vetorial, com avaliação sistemática de criadouros e tratamento adequado nas áreas de transmissão, reduzindo a infestação de mosquitos infectados; distribuição e instalação de mosquiteiros impregnados com inseticida, utilizados como barreira de proteção para a população residente em áreas de transmissão ativa; e execução seletiva de ações de termonebulização (fumacê), realizadas de acordo com a avaliação do cenário entomológico local, a fim de garantir maior efetividade das intervenções.
“Em síntese, as ações implementadas pela Semsa refletem o compromisso do município com a redução da incidência e do impacto da malária, reforçando a importância da integração entre vigilância epidemiológica, diagnóstico oportuno, tratamento adequado e controle vetorial. O fortalecimento contínuo dessas estratégias é essencial para avançar na mitigação da transmissão e na promoção da saúde da população manauara”, concluiu Ilauana.
Malária
Doença infecciosa febril aguda, a malária é transmitida por meio da picada de fêmea do mosquito Anopheles infectada por protozoários do gênero Plasmodium, que é o causador da doença. Os sintomas mais comuns da malária são: febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. A doença tem cura e o tratamento é gratuito, mas, se não for diagnosticada e tratada de forma precoce e adequada, pode evoluir para formas graves.
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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa


