Prefeitura participa de curso sobre urbanismo social e segurança para melhorar gestão municipal

Identificar problemas de gestão da segurança pública relacionada ao urbanismo social é o principal objetivo do curso que a Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), participa em São Paulo, entre os dias 29 e 31 de agosto. Promovido pela instituição Insper, o curso “Urbanismo Social e Segurança Pública” visa buscar a compreensão e soluções sustentáveis para o tema, a partir de intervenções sociais de caráter inclusivo.

Segundo a instituição e várias pesquisas nacionais, o Brasil vive, hoje, uma crise imensa na área da segurança pública, com o combate e enfrentamento do crime organizado e uma dinâmica de violência e autoritarismo por grupos criminosos.

Diante do quadro nacional, o curso é uma inovadora oportunidade de catalisar e agregar forças sociais, gestores públicos e privados, bem como operadores dos sistemas de segurança pública, educação e assistência social, no propósito de analisarem crítica e construtivamente a realidade brasileira, formulando modelos factíveis de políticas públicas e de cooperação social, onde vigore o novo paradigma de que não há possibilidade real de urbanismo social sem uma ambiência de segurança pública.

Representando a prefeitura no curso, o diretor de Planejamento do Implurb, Pedro Paulo Cordeiro, afirma que os dois temas acabam entrelaçados, principalmente em áreas mais vulneráveis. “Com a formação acelerada das cidades brasileiras, e Manaus se inclui nesse aspecto, acabaram ocorrendo diversas ocupações irregulares. E por uma série de fatores, nesses territórios ocorreram a proliferação de crimes, especialmente os ligados ao narcotráfico e ao tráfico de drogas. E isso produz um ambiente de insegurança enorme para os moradores. E quando se fala nessas áreas vulneráveis, são os locais onde não existe a presença do Estado. O Estado como promotor de políticas públicas que irão proporcionar qualidade de vida. Então o curso vai abordar diversas experiências”, comentou o arquiteto.

Entre os cases está a experiência de Medellín, na Colômbia, que em 20 anos se transforma de uma das cidades mais perigosas no mundo, devido ao tráfico, e se torna uma das mais inovadoras. “Todas as ações que foram implantadas lá, além da questão da segurança, sim, principalmente feita pelo Exército à época, foi também em busca da combinação dos dois temas. A criação de uma rede social que facilitasse e impedisse, inclusive, das pessoas adentrarem no narcotráfico”, explicou.

No Brasil, ele recorda que, em Recife (PE), há um projeto, a rede ComPaz, e em Belém (PA), o Usina da Paz, que implantaram ações para construir o urbanismo social e combater a insegurança das populações.

Proposta

O curso pretende facultar aos discentes e docentes a possibilidade da construção coletiva do conhecimento sobre a segurança pública brasileira, avaliando as práticas predominantes, bem como a consistência e significatividade das políticas públicas sistêmicas de urbanismo social. Nessa linha, estimular o exercício criativo, individual e grupal, da análise comparada de modelos e a elaboração de alternativas factíveis, a fim de contribuir para iluminar os caminhos da gestão pública e das iniciativas do terceiro setor e das comunidades.

Entre as estratégias para uso nos territórios de vulnerabilidade estão inclusão social e oferta qualificada de serviços, educação, saúde, esgotamento, iluminação pública, arruamentos, equipamentos de uso coletivo, fomento à cultura, ao esporte e ao lazer, assistência jurídica e psicológica, qualificação profissional, empregos, apoio às iniciativas de empreendedorismo, entre outras.

Serão abordados, crítica e propositivamente, os modelos de segurança pública e de urbanismo social em voga no Brasil, estudos de casos, dinâmicas criminais brasileiras e seus impactos sobre o desenvolvimento nacional, bem como o papel das municipalidades na implementação de políticas de segurança pública e urbanismo social.

Sobre a Insper

É uma instituição sem fins lucrativos, dedicada ao ensino e à pesquisa. Oferecem desde cursos de graduação, pós-graduação lato e stricto sensu, até educação executiva e customizados.

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Texto – Divulgação/Implurb

Fotos – Divulgação e Semcom