Prefeitura reforça importância dos cuidados com bebês precoces no mês da prematuridade
19/11/2025 11h56
#paratodosverem – Profissional de saúde acompanhando bebê prematura em leito de UTI em unidade da Semsa
Em Manaus, um em cada dez bebês nasce de forma prematura, com menos de 37 semanas de gestação. Nesta Semana da Prematuridade, iniciada na segunda-feira, 17/11, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), enfatiza o papel do pré-natal para a prevenção dos partos prematuros e assinala a importância dos cuidados adequados aos bebês precoces, com o acompanhamento regular nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A chefe do Núcleo de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Semsa, enfermeira Janaína Terra, relata que a taxa de nascimentos prematuros na capital, que foi de 11,3%, no ano passado, teve redução para 11%, na parcial deste ano, até o início de novembro. “É uma taxa que se aproxima da média nacional, que é de 12%”, aponta a gestora.
Janaína explica que os bebês precoces requerem cuidados especiais, sem que a maioria precise passar por um período de internação na maternidade, inicialmente em unidade de tratamento intensivo (UTI) e depois em alojamento conjunto. Os cuidados, ela enfatiza, devem seguir ainda após a alta da unidade materno-hospitalar, com o acompanhamento regular da criança na rede básica de saúde.
“A criança prematura requer atenção maior do que uma criança nascida a termo. Ela deve ser preferencialmente acompanhada por um pediatra da Atenção Primária, que vai monitorar o desenvolvimento dela, tanto motor como cognitivo, e prover um cuidado especializado”, informa a enfermeira, complementando que 35 unidades da Semsa contam com profissionais de pediatria.
A servidora da Semsa salienta ainda o papel do pré-natal na prevenção das condições associadas à prematuridade. Muitas dessas condições, ela relata, podem ser detectadas durante o acompanhamento de saúde das gestantes na rede básica, que abrange orientações, consultas e exames voltados à saúde da mãe e do bebê.
“Hipertensão gestacional não controlada, infecção urinária não tratada ou tratada inadequadamente e sífilis congênita são alguns dos fatores que podem causar o parto prematuro e que podem ser prevenidos, detectados e tratados durante um pré-natal bem conduzido”, observa Janaína.
Qualificação
Como parte das estratégias voltadas à prevenção da prematuridade e redução da mortalidade de mães e bebês, a Semsa desenvolve, por meio da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher, ações contínuas de qualificação das equipes de saúde que atuam no pré-natal.
“Os profissionais são capacitados para um acompanhamento mais qualificado, para detecção de sinais de alerta e estratificação de risco da gestação, de modo que uma gestante de alto risco possa ser logo encaminhada para a atenção especializada, quando necessário”, relata Janaína Terra.
As equipes da Semsa participam regularmente de cursos com foco na utilização do método Canguru, modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e sua família, que inicia durante a gravidez de risco e segue até a alta do recém-nascido. Na mais recente formação de tutores do método promovida pelo Ministério da Saúde, há dois meses, foram capacitados 11 profissionais da rede municipal, entre enfermeiros e médicos de unidades de saúde e da Maternidade Moura Tapajóz (MMT).
“O método incentiva também a participação dos pais no cuidado com o recém-nascido, desde a internação na UTI até a atenção em casa. Ele incentiva o contato pele a pele com os pais, que comprovadamente contribui para a evolução no quadro de saúde do bebê”, assinala a chefe do Núcleo de Atenção à Saúde da Criança.
Prematuridade
Em Manaus, foram registrados 2.824 partos antes da 37ª semana de gestação neste ano, até dia 7/11, correspondendo a 11% do total de nascimentos no período. Em 2024, foram 3.510 partos prematuros, ou 11,3% do total, conforme dados da Semsa.
O período ideal de gestação é de 37 a 42 semanas. O nascimento antes da 37ª semana traz riscos de saúde para o bebê, que não tem o corpo ainda plenamente desenvolvido e pode apresentar problemas como baixo peso e complicações respiratórias.
Os níveis de prematuridade são classificados de acordo com a idade gestacional do bebê ao nascer, entre prematuro tardio, de 34 a 36 semanas; moderado, de 32 a 33 semanas; muito prematuro, de 28 a 31 semanas; e extremo, com menos de 28 semanas.
Mobilização
A Semana da Prematuridade foi instituída pela Lei nº 15.198, do dia 8 de setembro deste ano, celebrada anualmente na semana que abrange o dia 17 de novembro, definido pela mesma norma como Dia Nacional da Prematuridade.
A lei instituiu também o “Novembro Roxo”, como mês voltado ao enfrentamento do parto prematuro, com foco na prevenção, na conscientização sobre os riscos, na assistência e na proteção e promoção da garantia dos direitos das crianças prematuras e suas famílias.

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Texto – Jony Clay Borges/Semsa
Fotos – Divulgação/Semsa


