Prefeitura alerta para cuidados com a saúde nos meses mais quentes do ano em Manaus
24/07/2025 14h26


A médica generalista Natália de Melo Sampaio, servidora da Semsa e pós-graduanda em Medicina do Trabalho, aponta que existem recomendações básicas para que a população garanta maior proteção para a saúde no verão, o que inclui a ingestão de água, alimentação adequada, uso de protetor solar e atenção redobrada com crianças e idosos.
“Quando a pessoa fica muito tempo exposta ao sol, principalmente por questão de trabalho, deve ter uma preocupação maior com a hidratação e a exposição da pele, principalmente no período de aumento de temperaturas”, afirma.
Uma primeira orientação é sobre a quantidade de água, com o consumo de dois a três litros de água diariamente. No cuidado com a pele, é importante o uso de protetor solar para evitar queimaduras e prevenir o câncer de pele.
“Em temperaturas altas e no sol, a pessoa acaba suando muito e desidratando muito. O protetor solar é uma forma de proteção da pele, mas é importante que se lembre de repor o protetor quando necessário”, orienta a médica.
De acordo com Natália Sampaio, em alguns casos é também recomendado o uso de barreiras físicas com roupas de manga comprida, calças compridas, luvas, chapéus e óculos.
“Quem trabalha em exposição ao sol, com atividades na rua, uma ideia é que, se possível, trabalhar em turnos. Ficar por um tempo e depois ser substituído pelo colega, até para não ter uma exposição intensa ao calor de forma contínua e direta”, enfatiza a médica.
De acordo com Natália, a desidratação pode ocasionar tonturas, desmaios, fadiga intensa, dor de cabeça e fraqueza de forma geral, o que também vai resultar no baixo desempenho no trabalho.
Ela orienta que as pessoas levem uma garrafa com gelo pela metade quando saírem de casa para o trabalho e abasteçam a outra metade com água no decorrer do dia. “A pessoa vai beber a água gelada por um tempo maior, o que vai dar mais refrescância na ingestão do líquido. Quem leva a garrafa de água para o trabalho ou quando sai de casa para outra atividade, também deve lembrar de lavar rotineiramente a garrafa”, afirma a médica.
Alimentação
Para manter o cuidado com a saúde, Natália Sampaio também ressalta o cuidado necessário com alimentação. Ela alerta que muitas pessoas saem para o trabalho de manhã cedo e vão se alimentar apenas na hora do almoço.
“As pessoas devem tentar fazer uma pausa para o lanche, consumir uma fruta ou um ovo cozido, que são alimentos rápidos, mas nutritivos. Já atendi pessoas com histórico de desmaio por trabalho intenso por muito tempo, exposição ao sol, sem se alimentar e sem beber água”, conta Natália.
Outra orientação é ter cuidado maior com crianças e idosos, para que não sofram com desidratação e questões de saúde envolvendo altas temperaturas, já que ficam mais vulneráveis à desidratação, porque muitas vezes têm menos percepção dos riscos da exposição solar e altas temperaturas.
Como a sede é um sinal de que o organismo já está em fase de desidratação, é aconselhável reforçar a atenção para que idosos e crianças bebam água mesmo se não têm sede no momento.
“Mesmo os adultos têm a cultura de só beber água quando estão sentindo sede. Muitos não bebem água por alta demanda no trabalho e deixam a hidratação para depois. Então, todas as pessoas, idosos e crianças especialmente, devem ter maior atenção para que se estabeleça uma rotina na ingestão do líquido. E é importante lembrar que sucos e outros líquidos não substituem a água para a melhor hidratação”, aponta Natália.
A chefe do Núcleo de Vigilância da Água, Solo e Ar da Semsa, Jocilene Galúcio Barros, lembra que o clima em Manaus tem muita influência da floresta, o que significa que mesmo no verão há registro de fortes chuvas, sendo que nos meses de maio, junho e julho diminuem as chuvas e tem início a estação mais quente com diminuição da umidade.
“Com isso, vivemos o período da ‘estufa’, em que outras doenças respiratórias se manifestam e as cardiovasculares podem ocorrer nos grupos vulneráveis de idosos, grávidas e crianças. Também há o risco com as queimadas, com a população em geral ficando sob ameaça das doenças e agravos relacionados a este evento. Nos meses de agosto, setembro e outubro, a população de Manaus enfrenta a estação mais quente do ano”, conclui Jocilene.

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Texto – Eurivânia Galúcio/Semsa
Fotos – Divulgação/Semsa