Público marca presença na estreia de exposição sobre vida e morte de Ária Ramos

Por Prefeitura de Manaus

18/02/2016 7h53

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Aberta ao público na tarde desta quarta-feira, 17, a Exposição Fotográfica “A Última Canção”, sobre trajetória da violinista Ária Ramos, agradou o público presente. No total, 24 fotografias inspiradas na vida e morte da artista morta há 101 anos integram a exposição em cartaz Paço da Liberdade, Centro Histórico de Manaus.

 

A estudante Isadora Bessa, 23, conheceu a história da violinista por meio das fotos em cartaz. “O que me atraiu na exposição foi a união entre fotografia e história pra resgatar essa tragédia”, destacou.

 

Há exatos 101 anos, a música da violinista Ária Ramos era tragicamente interrompida por um tiro durante sua apresentação no Ideal Clube, no Centro da cidade, durante o Carnaval de 1915.

 

“É um momento importante de resgate de um mistério que vai permanecer para sempre e marcou a história da cidade. A morte de Ária Ramos marca, também, o fim da Era de Ouro do Carnaval da Belle Époque”, destacou o vice-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), José Cardoso, pesquisador da biografia da artista.

 

A exposição foi idealizada pelo fotógrafo Tácio Melo e conta com o apoio da Manauscult. Segundo Tácio, o objetivo da exposição é apresentar uma releitura poética e contemporânea da vida e morte da artista. “O ensaio procurou abordar três momentos da vida de Ária: sua vida, seu talento e sua morte, tudo isso de maneira harmônica e poética”, afirmou o fotógrafo.

 

Para o curador do Paço da Liberdade, o artista plástico Óscar Ramos, a mostra é importante por resgatar a história da violinista. “As fotografias têm uma atmosfera poética, que captam a mística em torno de Ária e o corriqueiro de um acidente fatal. É de pequenos acontecimentos particulares como esses que se fez a história da capital. Além disso, como museu da cidade, é fundamental que o Paço da Liberdade se refira sobre a própria Manaus”, ressaltou Óscar.

 

Processo

 

Além de Tácio, os fotógrafos Rodrigo Tomzhinsky, Thaís Tabosa e Bárbara Umbra também assinam algumas das 24 fotos que compõem a mostra. Já a modelo Gabriella Nunes foi a escolhida para interpretar Ária Ramos na sessão de fotos, enquanto Cecy Procópio ficou a cargo da maquiagem e cabelo e Cidarta Gautama com o figurino.

 

Para completar a homenagem, a abertura da mostra contou também com a apresentação do violinista Diego Alessandro Coutinho, que interpretou a música “Subindo ao Céu”, canção que, segundo relatos da história, Ária executava no momento de sua morte.

 

Segundo a fotógrafa Thaís Tabosa, o processo de captação e edição das fotos levou pouco mais de um mês. “Fotografamos em três locações, o prédio do antigo colégio Dom Bosco, a rua Ramos Ferreira e a frente do Paço, em um só dia, seguindo um roteiro prévio”, comentou Thaís. “O que me atraiu nesse projeto foi poder contar essa história com uma essência meio cinematográfica e sombria. Espero que possamos levar essa mostra a outros locais”, completou.

 

O Paço da Liberdade está localizado na rua Bernardo Ramos, Centro, em frente à Praça Dom Pedro II. A visitação é gratuita e acontece de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, e aos sábados, das 9h às 12h30.

 

Mesa redonda

 

A programação paralela da exposição também contará com uma mesa redonda sobre a trajetória de Ária Ramos, no próximo sábado, 20, no Salão Nobre do Paço da Liberdade, a partir das 9h30. O encontro vai reunir toda a equipe responsável pela produção das fotos, incluindo, além dos fotógrafos, os figurinistas e os maquiadores responsáveis por trazer Ária à vida na exposição.

 

A mesa redonda será comandada por um dos principais pesquisadores da vida da artista, o vice-presidente da Manauscult, José Augusto Cardoso.

 

Texto: Gabriel Oliveira

Foto: Ingrid Anne

 

 

Assessoria de Comunicação da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult): 92 3215-4613 / 98801-8793/ 98842-5330