Projeto ‘Aprender, Conviver e Lutar’ recebe visita da família Gracie
27/07/2016 16h00

Representantes da família Gracie, considerada fundadora do sistema de arte marcial Brazilian Gracie Jiu-Jitsu (BJJ), prestigiaram nesta quarta-feira, 27, o projeto “Aprender, Conviver e Lutar”, da Secretaria Municipal de Educação (Semed), que trabalha o esporte como desenvolvimento social, psicológico e pedagógico dos alunos com deficiência.
Ralph, Gregor e Kyra Cracie, lutadores mundialmente conhecidos, viram de perto como o Complexo Municipal de Educação Especial (CMEE) André Vidal de Araújo, na zona Centro-Sul, trabalha o jiu-jitsu com os 40 alunos que participam do projeto. Ao todo, a iniciativa atende, aproximadamente, 700 alunos de cinco unidades de ensino da rede municipal de educação.
“É uma honra estar aqui. Até me emociona ver que isto está acontecendo no Brasil. Muitas vezes fazer fisioterapia é chato e com o jiu-jitsu elas acabam se divertindo. O Amazonas é um dos polos do esporte no mundo e é maravilhoso ver isso, é gratificante demais”, informou Ralph Gracie, que interagiu com os alunos praticando o jiu-jitsu adaptado.
Coordenador do projeto, o professor Ronnie Melo ressaltou que a presença dos representantes da família Gracie mostra que a proposta está no caminho certo. “Estamos muito felizes com a presença da família que difundiu o jiu-jitsu no mundo conhecendo o nosso projeto e é uma gratificação fazer um trabalho desses em prol das crianças”, destacou Melo.
Para as crianças com deficiência, a arte marcial é desenvolvida como forma de trabalhar o cognitivo, fazendo com que eles estimulem as dificuldades motoras e mantenham uma convivência social de interação com outros alunos. Para a lutadora Kyra Cracie, ver a luta influenciando alunos desde pequenos é uma prova que o trabalho da família ao longo dos anos tem resultados mais do que esperados.
“O jiu-jitsu pode acrescentar na vida de todos, não tem biótipo, não tem faixa etária, qualquer um pode se beneficiar dessa arte. Não conhecia o projeto e achei maravilhoso, nunca tinha visto aplicado dessa maneira e quero voltar mais vezes, pois vejo aqui hoje tudo o que meu bisavô (Carlos Gracie) plantou lá atrás”, contou Kyra.
Para a professora Nilzia Bentes Meireles, 39, mãe do aluno Cledemir Meireles Silva Júnior, 22, que tem paralisia cerebral, o esporte tem ajudado no desenvolvimento do filho. “Ele pratica o jiu-jitsu há um ano e apesar de ter paralisia cerebral, é possível dizer que ele teve uma elevada melhora depois que começou a participar do projeto, a animação dele para mim é visível”, relatou, emocionada ao falar da integração do filho nas aulas do projeto.
“Sempre que tenho oportunidade como essas eu participo com o maior prazer, faço questão de estar presente, ajudar essas crianças e ver o retorno do jiu-jitsu, esporte que me deu tudo na vida. Já tinha visto crianças especiais em outras academias, mas nunca um trabalho específico voltado para isso, que é importante para as crianças esse desenvolvimento em grupo. Se pudesse ter um projeto como esses em todos os lugares, em outras escolas do País seria perfeito”, finalizou Gregor Gracie.
Texto: João Pedro Figueiredo
Fotos: Karla Vieira/Semcom e Rodemarques Abreu/Semed
Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Educação (Semed): 92 3632-2054