Professores reúnem-se no Dia ‘D’ da Base Curricular e apresentam propostas em consulta aberta

Gestores, professores, pedagogos, servidores, pais e responsáveis, além da comunidade do entorno das 501 unidades de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Semed) participaram, nesta segunda-feira, 30, do Dia “D” da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A parada técnica ocorreu, simultaneamente, em todas as unidades de ensino, para que pudessem analisar, avaliar, sugerir, opinar e terem a chance de interagir sobre as mudanças da grade curricular do ensino básico brasileiro, mobilizando os mais de 12 mil professores que atuam em sala de aula, inclusive a sede da Semed, localizada no bairro Parque 10, zona Centro-Sul.

A chamada consulta pública esta aberta no Portal da BNCC, do Ministério da Educação (MEC). A ação faz parte das metas definidas pelo Plano Nacional de Educação, assim como pelo Movimento pela Base Nacional Comum Curricular, formado por um grupo plural de pessoas e organizações com longo histórico de atuação na área da educação.

Com 248 alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, a Escola Municipal Waldir Garcia, localizado no bairro São Geraldo, zona Sul, reuniu a coordenação pedagógica, administrativos, pais e a comunidade para avaliar, sugerir ou acatar as diretrizes sugeridas pelo BNCC. Segundo a diretora da escola, Lucia Cristina Cortez, a mobilização para contribuir com a proposta da base foi total.

“O importante é que a escola vai participar com todos os seguimentos da construção da base curricular nacional, porque estamos dentro da escola, pois as decisões sempre vêm de cima do MEC, mas agora nós estamos entre eles. Nós conhecemos o ‘chão’ da escola, o fazer pedagógico e, melhor do que ninguém, sabemos o que é melhor para os alunos. Isso é um marco para gente opinar, de poder diminuir as diferenças, pois cada estado trabalha sua grade curricular, mas tudo pode ser unificado dentro da grade nacional”, comentou Garcia.

Monitora do Programa Mais Educação, a doméstica, Ângela Maldonado de Souza, 41, mãe da aluna do 2º ano matutino, Geovanna Maldonado de Souza Cardoso, 8, ficou feliz de ter participado do encontro com os educadores. Para ela, deixar sua contribuição nesse momento foi algo marcante.

“Acho importante participar desse processo, porque não vou apenas acompanhar minha filha nas reuniões da escola, mas nesse trabalho tive a chance de interagir. Em casa, posso verificar o desenvolvimento de minha filha. Com minha presença no BNCC, posso verificar que tipo de ajuda minha filha precisa. Considero muito relevante e todos os pais deveriam participar desse processo com sugestões e opiniões sobre a educação”, disse.

Localizada na Alvorada, zona Oeste, a Escola Municipal Maria Rufina de Almeida, com um total de 754 alunos do 1º ao 5º ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), movimentou os 34 professores dos três turnos para sensibilizar e orientar sobre as diretrizes do BNCC.

“Nós temos que avaliar com muito cuidado, principalmente a língua portuguesa e matemática. Tivemos a chance de ler tudo, pois acho que foram profissionais gabaritados que elaboraram as propostas, mas vejo que são poucas alterações. Não adianta fazer tudo isso individualizado, mas tudo foi feito pelo grupão de educadores. O importante é ajudar nesse momento com Plano Nacional de Educação para melhorar as diretrizes da base no país”, explicou a diretora da unidade, Sandra Aguilar.

Debates na sede

Em uma programação no auditório da Semed, a Divisão de Ensino Fundamental apresentou do que se trata o BNCC, como a sociedade civil pode participar e deu informações acerca da proposta. A finalidade é que todos os funcionários da casa participem dando sugestões até o próximo dia 15 de dezembro, por meio do site www.basenacionalcomum.mec.gov.br.

A Base Nacional Curricular Comum é dividida em quatro áreas de conhecimento – linguagem, matemática, ciências humanas e ciências naturais – e em cada uma delas existem eixos de aprendizado, onde podem ser dadas sugestões de forma de ensino. A expectativa é que até o primeiro semestre de 2016, sejam compiladas as sugestões oriundas de todos os Estados brasileiros e a partir das informações, seja criado um padrão educacional no país, onde 60% dos conteúdos atenderão a uma proposta nacional e 40% se encaixarão nas especificidades de cada região.

“As escolas e os departamentos vão discutir e fazer proposições acerca deste texto preliminar. Aqui são os professores que ainda não tiveram essa oportunidade de discutir e levantar propostas e, assim, contribuir com esse texto da Base Nacional”, explicou a gerente de Formação Continuada da Semed e membro do regional do BNCC, Rosane Xavier de Freitas ao expor a importância das discussões.

Fotos: Cleomir Santos e Assessoria

 Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Educação (Semed): 92 3632-2054