Prefeitura de Manaus vai implantar Centro de Referência de Pé Diabético na UBS Nilton Lins

Por Prefeitura de Manaus

08/10/2015 17h41

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A Prefeitura de Manaus vai implantar um Centro de Referência de Pé Diabético na Unidade Básica de Saúde (UBS) Nilton Lins, no Parque das Laranjeiras, e quatro ambulatórios nos Distritos de Saúde. O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão, esteve reunido nesta quinta-feira (8), na sala de reuniões do gabinete com técnicos da secretaria para traçar metas de implantação do “Projeto Pé Diabético”.

 

O secretário Homero de Miranda Leão explicou que o Pé Diabético é o termo empregado para nomear as diversas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos diabéticos. “Hoje, isso é uma preocupação mundial, porque o custo humano e financeiro dessa complicação é imenso e depende, para o seu controle ou prevenção, da conscientização quanto à necessidade de um bom controle da doença e da implantação de medidas relativamente simples de assistência preventiva, de diagnóstico precoce e de tratamento mais resolutivo nos estágios iniciais da doença. Isso que pretendemos fazer nos ambulatórios e centros de referência em Pé Diabético”, explicou.

 

Para tanto, é primordial a disseminação de informações sobre a doença e a parceria de outros órgãos, aposta o secretário.  “O projeto visa melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e qualificar o atendimento de pacientes portadores de doenças crônicas como o diabetes. Nós iremos levar ao secretário de Saúde do Estado, Pedro Elias, uma proposta de parceria para a realização deste projeto. O Samu já está disponibilizando os profissionais para atuarem na UBS Nilton Lins”, afirmou.

 

O cirurgião vascular, Marcos Parisati, que será o coordenador do projeto na UBS Nilton Lins disse que a expectativa é atuar de forma preventiva. “A UBS Nilton Lins tem uma excelente estrutura física e poderemos desenvolver o nosso trabalho com eficiência e melhor qualidade para o cidadão. Vamos monitorar os pacientes para atuar de maneira preventiva, além de oferecer o tratamento especializado”, salientou, acrescentando que a equipe será formada inicialmente por um médico cirurgião vascular e enfermeiro.

 

A gerente da Rede de Cuidados Crônicos, Elisangela Rodrigues, explicou que o atendimento aos diabéticos atualmente é realizado pelo estado. Segundo ela, a meta do “Projeto Pé Diabético”  é abranger ambulatórios nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Áugias Gadelha (Cidade Nova I), UBS José Rayol dos Santos (São Jorge), UBS Leonor Brilhante  (Tancredo Neves) e UBS Leonor de Freitas (Compensa).

 

A gerente garantiu que até dezembro será realizada a capacitação do  Módulo de Avaliação Neuromotora do Pé Diabético. “A meta é capacitar profissionais de cerca de 100 Unidades Básicas de Saúde (UBS) no treinamento para ver a perda neuromotora dos pacientes”. Já o segundo Módulo deve acontecer no início de 2016 sobre Ferida Superficial.

 

A reunião contou com a participação do diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU), Ruy Abrahim, com a diretora do Departamento de Redes de Atenção (DRA), Ângela Loureiro, a diretora do Departamento de Logística (DELOG) Vanda Viana, a gerente da Rede de Cuidados Crônicos, Elisangela Rodrigues, a diretora do Departamento de Atenção Primária (DAP), em exercício, Sonja Girão Farias e o cirurgião vascular Marcos Parisati.

 

Doença

O pé diabético é uma série de alterações anatomopatológicas e neurológicas periféricas que ocorrem nos pés de pessoas acometidas pelo diabetes mellitus. Essas alterações constituem-se de neuropatia diabética, problemas circulatórios, infecção e menor circulação sanguínea no local. Essas lesões geralmente apresentam contaminação por bactérias, e como o diabetes provoca uma retardação na cicatrização, ocorre o risco do pé ser amputado. O pé diabético ocorre pela ação destrutiva do excesso de glicose no sangue. A nível vascular, causa endurecimento das paredes dos vasos, além de sua oclusão, o que faz a circulação diminuir, provocando isquemia e trombose.

 

Reportagem: Vanessa Leocádio

Fotos: José Nildo

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