Médicos e enfermeiros da zona sul participam de curso de atualização em hanseníase
09/09/2015 14h42

Profissionais de saúde que atuam nas Unidades de Saúde (UBSs) na zona Sul estão participando de um curso de atualização em hanseníase. O curso teve início na última quarta-feira, 9, às 14h, na sede do Distrito de Saúde Sul (Disa Sul), bairro São Francisco, com encerramento nesta quinta-feira, 10. O objetivo é garantir que os profissionais tenham informações mais atualizadas para fazer o diagnóstico precoce da doença na rotina diária de trabalho.
O curso faz parte das ações da Campanha Nacional de Hanseníase iniciada no dia 10 de agosto com encerramento no dia 31 de outubro. Nesse período, o município de Manaus vai realizar a busca ativa de casos novos de hanseníase em escolas municipais e estaduais, beneficiando mais de 104 mil alunos na faixa etária de 5 a 14 anos. “Várias equipes de saúde treinadas estão atuando dentro das escolas para atender alunos e identificar casos suspeitos da doença”, esclarece a gerente do Disa Sul, enfermeira Oriana Nascimento.
De acordo com a técnica responsável pelo controle da hanseníase no Disa Sul, Maria Cléia Passos Saunier, o curso de atualização está sendo executado com o apoio da Fundação Alfredo da Matta, instituição de referência no tratamento da doença. O público alvo prioritário do curso são médicos e enfermeiros que atuam nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs), mas envolve também profissionais de UBSs.
“Os profissionais que estão participando da atualização não são especialistas em dermatologia e trabalham com clínica médica. Por isso, é importante renovar e atualizar as informações sobre hanseníase de forma constante, para que a doença possa ser identificada de forma precoce”, informou Maria Cléia Saunier.
Durante o curso de atualização, os profissionais estarão recebendo informações sobre o agente transmissor da doença Mycobacterium leprae (M. Leprae), diagnóstico, tratamento, a diferenciação entre hanseníase e outras doenças, a importância da alteração da sensibilidade na pele como indicador diferencial de hanseníase, técnicas de abordagem e avaliação do paciente, além do panorama mundial e local da doença.
Técnicos de enfermagem, técnicos em dermatologia e agentes comunitários de saúde das Unidades de Saúde da zona sul também participaram de um curso de atualização em hanseníase na semana passada, na UBS Japiim, organizada pelo Disa Sul. “O importante é que os profissionais estejam capacitados para reconhecer os primeiros sinais e sintomas da hanseníase”, ressaltou Maria Cléia Saunier.
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto poucos adoecem. A doença atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória.
Texto: Eurivânia Galúcio
Departamento de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa):92 3236-8315