Manaus encerra campanha de combate à Geo-Helmintíases e Hanseníase
09/12/2015 14h45

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) atendeu um total de 232 escolas da rede pública de Manaus com as ações da Campanha Nacional de Geo-Helmintíases e Hanseníase, realizada no período de 10 de agosto a 27 de novembro. O público alvo foram estudantes de 5 a 14 anos.
A campanha é realizada anualmente com as equipes de saúde atuando na busca ativa de casos suspeitos de hanseníase e fazendo o tratamento quimioprofilático para verminoses nas escolas, orientando pais e responsáveis na busca do serviço de saúde para o tratamento das doenças.
Os profissionais de saúde administraram o remédio Albendazol para 61.382 escolares após a autorização dos pais, correspondendo a 72,62% da meta.
Quanto ao exame de pele, 55.337 pais autorizaram a realização do exame, totalizando 65,47% da meta. “Foram identificadas 3.281 crianças que apresentaram algum tipo de mancha na pele e desse total foram diagnosticados 10 casos novos de hanseníase, que já estão em tratamento”, informou o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto.
Após o exame de pele, todas as crianças foram encaminhadas para consulta médica nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) referenciada para a escola. No caso de suspeita de hanseníase, o encaminhamento para investigação diagnóstica foi feito para a Fundação Alfredo da Matta, onde foram realizados exames e avaliação com especialistas em dermatologia. Em caso de outras dermatoses simples, a própria Unidade Básica de Saúde (UBS) realizou o tratamento.
De acordo com a chefe da Divisão de Controle de Doenças e Agravos Transmissíveis da Semsa, Kelly Lobo, a campanha é uma das principais estratégias definidas pelo Ministério da Saúde para o combate à hanseníase e às verminoses.
“A hanseníase é uma doença infecciosa crônica de grande importância para saúde pública devido a sua magnitude e seu alto poder incapacitante. Pode infectar grande número de indivíduos, porém poucos adoecem porque a maioria da população possui resistência natural. A detecção de casos na população menor de 15 anos caracteriza transmissão recente e quanto mais precoce o tratamento, menor o risco de incapacidades físicas que a doença pode promover”, explicou Kelly Lobo.
As geo-helmintíases, por sua vez, são infecções intestinais causadas por parasitas que passam parte de seu ciclo de vida no solo, acarretando contaminação, através da água e alimentos com os ovos ou larvas desses agentes.
Reportagem: Eurivânia Galúcio
Departamento de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa):92 3236-8315 / 98842-8370/ 98842-6135