Ações de combate ao Aedes aegypti já inspecionaram mais de 11 mil imóveis em Manaus
19/08/2015 12h05

Mais de 11 mil imóveis foram inspecionados por agentes de endemias da Prefeitura de Manaus durante a primeira semana de intensificação das ações de combate ao Aedes aegypti. As inspeções fazem parte da estratégia da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para reduzir os riscos de transmissão de dengue e chikungunya na capital.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, 180 agentes estão envolvidos nas atividades de campo, que têm como foco a inspeção, remoção, eliminação e tratamento de criadouros do mosquito, além de orientação aos moradores quanto aos sinais e sintomas das duas doenças. “O trabalho está sendo feito em regime de mutirão, abrangendo simultaneamente 17 bairros considerados prioritários para o combate. As ações tiveram início no último dia 10 e seguem até outubro, com a meta de alcançar 227 mil imóveis”, ressaltou.
De acordo com Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Semsa (DVAE), os criadouros de Aedes foram encontrados, principalmente, em recipientes de água destampados, incluindo caixas d´água e pequenos vasilhames, e no lixo acumulado em quintais e terrenos próximos às casas. Cerca de três mil imóveis não puderam ser inspecionados nesse período, porque estavam fechados ou abandonados. Alguns moradores também se recusaram a receber as equipes da Semsa.
Durante o trabalho, os agentes também ensinam os moradores a realizar, eles próprios, as inspeções das suas casas e quintais. O roteiro para verificar e eliminar criadouros leva, em média, dez minutos e é considerado uma estratégia de sustentação das ações de vigilância contra o Aedes.
Dos 17 bairros onde as ações estão sendo realizadas, oito são considerados de muito alta vulnerabilidade (Cidade de Deus, Jorge Teixeira, Tancredo Neves, São José, Zumbi, Coroado, Aleixo e Adrianópolis); dois de alta vulnerabilidade (Nova Cidade e Educandos); e sete de vulnerabilidade moderada (Gilberto Mestrinho, Armando Mendes, Colônia Antônio Aleixo, Vila Buriti, Betânia, Colônia Oliveira Machado e Vila da Prata). O risco foi definido pela quantidade de criadouros, indicada pelo mais recente Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), e pelo número de casos de dengue e de chikungunya notificados nessas áreas.
Além dos vírus da dengue e da chikungunya, o Aedes também é vetor do Zika vírus, cuja presença ainda não foi registrada no Amazonas, apesar de já ter sido detectada em outras regiões do país. A possibilidade de introdução da doença em Manaus é um dos fatores de preocupação da Prefeitura de Manaus.
Nos primeiros seis meses deste ano, foram notificados 2.124 casos de dengue na capital, 39% menos que o registrado no mesmo período do ano passado. Outros 16 casos de febre chikungunya também foram confirmados este ano, sendo cinco deles com transmissão autóctone (local).
REPORTAGEM: Andréa Arruda / FOTOS: José Nildo
Departamento de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa):92 3236-8315