Prefeitura de Manaus acolhe 700 mil visitantes nos cemitérios com estrutura e celebrações no Dia de Finados
02/11/2025 17h15
#paratodosverem – Público na área interna do cemitério São Batista em Dia de Finados
O Dia de Finados, neste domingo, 2/11, foi marcado por um ambiente de tranquilidade e organização nos cemitérios públicos da cidade. A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), coordenou toda a estrutura e os serviços para garantir acolhimento, segurança e conforto aos visitantes.
As ações incluíram limpeza, manutenção, apoio logístico e orientação ao público, promovendo um espaço de respeito e reflexão em homenagem à memória dos entes queridos.
Durante o fim de semana, mais de 700 mil pessoas passaram pelos dez cemitérios municipais, sendo seis na área urbana e quatro na zona rural, para prestar homenagens aos entes queridos. O cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, concentrou o maior movimento, com mais de 300 mil visitantes.
Em todos os espaços, a Semulsp organizou uma estrutura completa: som ambiente com músicas religiosas, missas, cultos ecumênicos e presença de missionários de diversas denominações, que levaram mensagens de consolo e esperança.
Desde as primeiras horas da manhã, o secretário de Limpeza Urbana, Sabá Reis, percorreu os cemitérios, acompanhando a movimentação das equipes e o atendimento à população. “Este é um dia de fé e lembrança. A determinação do prefeito David Almeida é que garantíssemos às famílias um ambiente limpo, seguro e digno para prestar suas homenagens”, afirmou.
O secretário também reforçou que a manutenção das vias comuns é responsabilidade da prefeitura, enquanto a conservação das sepulturas cabe aos titulares das concessões. “Cuidar do local onde repousa um ente querido é um gesto de amor e respeito que precisa ser compartilhado por todos”, completou.
Trabalho integrado
Mais de mil servidores municipais estiveram mobilizados na operação, que envolveu equipes da Semulsp, do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), da Guarda Municipal, das secretarias municipais de Saúde (Semsa), de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
O subsecretário da Semulsp, Laurimar Costa, explicou que o trabalho começou semanas antes, com limpeza, capina e reparos nas estruturas. “Cada detalhe é planejado com antecedência, desde a drenagem e a poda até o abastecimento de água e lanche para as equipes. É um esforço conjunto para que a população encontre um espaço limpo e acolhedor para viver este momento de lembrança”, afirmou.
A parceria com a Águas de Manaus garantiu pontos de hidratação com bebedouros e distribuição de água mineral. O gesto solidário foi reforçado por voluntários da Igreja Adventista do Sétimo Dia e de outras instituições religiosas, que ofereceram copos de água, orações e palavras de conforto às famílias.
Mensagens de fé e consolo
No meio da movimentação do cemitério Aparecida, a evangelista Consuelo Silva, da igreja Universal do Reino de Deus, conduzia o projeto “Consolador”. Entre abraços e orações, ela oferecia palavras de fé aos visitantes.
“Estamos aqui para fortalecer quem sente a dor da perda. A verdadeira força vem de Deus, e nossa missão é lembrar que a saudade pode se transformar em esperança”, disse, enquanto entregava folhetos com mensagens de fé.
Emoção do público
Entre as alamedas floridas do cemitério Nossa Senhora Aparecida, Socorro Maria de Souza, moradora da Colônia Antônio Aleixo, ajeitava cuidadosamente os vasos de flores sobre o túmulo dos pais.
“O cemitério está limpo, bem cuidado, organizado. Dá gosto de vir visitar. A gente sente o carinho no trabalho da prefeitura”, comentou emocionada.
Mais adiante, a moradora Iriete Farias esteve no cemitério acompanhada de seus irmãos. A família, composta por onze irmãos, se reuniu para prestar homenagens aos pais e a dois filhos que ela perdeu há alguns anos. “É um dia para estarmos juntos, lembrando com gratidão e esperança”, destacou.
No mesmo cemitério, no bairro Tarumã, Maria Desterro Mendes reuniu filhos e netos ao redor do túmulo do marido, que morreu há sete anos. De mãos dadas, a família rezava e trocava palavras de afeto. “Todo ano a gente vem prestar uma homenagem, pedir perdão e fazer promessas. É um encontro da família com a memória”, disse.
Maior campo-santo
Com 105 hectares, o cemitério Nossa Senhora Aparecida é o maior da capital e abriga mais de 250 mil sepultados, incluindo as 4.600 vítimas da pandemia. Desde 2023, o espaço também conta com o cemitério vertical, onde já ocorreram mais de 8.000 enterros.
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Texto – Dora Tupinambá/Semulsp
Fotos – João Viana/Semcom
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjCzrxB


