Prefeitura de Manaus apresenta exposição ‘Ohari Wii – Grafismo Indígena Kubeo’ no mirante Lúcia Almeida

Por Prefeitura de Manaus

19/09/2025 12h22

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Exposição #paratodosverem – Artista indígena Fernanda Campos da Silva, idealizadora da exposição “Ohari Wii – Grafismo Indígena Kubeo”

De 19 a 24/9, o mirante Lúcia Almeida, no centro histórico, acolhe a exposição “Ohari Wii – Grafismo Indígena Kubeo”, primeira mostra idealizada pela artista indígena Fernanda Campos da Silva, da etnia kubeo. Contemplado pelo edital 002/2024 da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), promovido pela Prefeitura de Manaus, por meio do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), o projeto busca valorizar, difundir e dar visibilidade à riqueza simbólica e ancestral dos grafismos dessa tradição cultural amazônica.

O presidente do Concultura, Tony Medeiros, ressalta o papel da instituição no fortalecimento da cultura local e o apoio a iniciativas que promovem a diversidade artística de Manaus.

“A exposição ‘Ohari Wii’ é uma oportunidade única de valorizar a cultura indígena de Manaus e mostrar a riqueza dos grafismos kubeo. Projetos como este reforçam nosso compromisso de apoiar artistas locais e fortalecer a identidade cultural da nossa cidade”, disse o presidente.

A mostra reúne uma seleção de trabalhos que expressam não apenas a estética visual, mas também a cosmovisão, a espiritualidade e os saberes transmitidos de geração em geração pelos kubeo, reforçando a importância do grafismo como linguagem identitária, educativa e de resistência cultural.

Fernanda, idealizadora da exposição, destaca que sua produção artística carrega a memória e os ensinamentos aprendidos desde a infância em sua comunidade.

“O grafismo, para mim, sempre foi um tipo de dizer de quem eu sou. Na etnia kubeo, aprendi desde criança mais sobre a medicina, então entre os desenhos eu faço muito sobre a medicina e sobre a primeira canoa de transformação, de como a gente veio antes. Esse trabalho representa minha história, da minha família, e agora posso expandir um pouco disso para que outras pessoas conheçam. É também uma forma de resgatar nossa ancestralidade, de levar essa cultura para as escolas, para as crianças, e até de gerar oportunidades de renda e empreendedorismo para as comunidades”, concluiu.

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Texto – Ismael Oliveira/Concultura

Fotos – Mateus Santos/Concultura