Monitoramento do Zika vírus na capital é foco de reunião entre a Semsa e a Susam

Por Prefeitura de Manaus

17/11/2015 18h18

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Representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e Secretaria de Estado da Saúde (Susam) se reuniram, nesta terça-feira, 17, na sede da Semsa, zona Centro-Sul, para discutir o protocolo de monitoramento da circulação do Zika vírus no Amazonas, em especial em Manaus. O encontro visou analisar o que está dando certo e fazer ajustes, direcionados à possibilidade deste vírus acometer a população, uma vez que existe um fluxo permanente de turistas amazonenses para cidades do país que vêm registrando casos da febre Zika – algumas do Nordeste e, mais próximo, Boa Vista (RR).

 

De acordo com o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, o Amazonas, em particular a capital, está monitorando não só Zika vírus, mas, também, outros como o Chikungunya, já que são transmitidos pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. “O monitoramento está sendo feito por meio de unidades ‘Sentinelas’: Hospital e Pronto-Socorro 28 de agosto, Fundação de Medicina Tropical (FMT), Pronto-Socorro da Criança da zona Oeste e o Hospital Adventista de Manaus (particular)”, informou.

 

“Hoje não temos ainda o exame sorológico para fazer o diagnóstico de uma população maior, em relação ao Zika vírus, por isso é que foram estabelecidas estas unidades ‘Sentinelas’. O material, à medida que existe um caso suspeito, é coletado e depois contamos com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o diagnóstico molecular. Até o momento, temos apenas um caso confirmado na capital”, esclareceu o diretor-presidente.

 

Bernardino Albuquerque destacou, ainda, o trabalho da Semsa no combate ao Aedes aegypti. “Nós tivemos a experiência este ano com o vírus Chikungunya. À medida que foram detectados os focos precocemente, toda a equipe da Semsa entrou em ação, fez o bloqueio extremamente efetivo e não houve mais reprodução de casos. Tivemos quatro autóctones em Manaus – quando a doença é contraída dentro do município”, enfatizou.

 

Em relação aos sintomas, ainda segundo Albuquerque, o que se tem de conhecimento sobre esse novo vírus é que são brandos. Os quadros clínicos são autolimitados, duram dois ou três dias, com a presença de febre ou não. O que chama atenção no Zika vírus é a presença de exantema – que são manchas no corpo -, assim como acontece com o sarampo e a rubéola, por exemplo. A cura se dá com ou sem medicação.

 

Acompanhamento desde o Pré-Natal

A subsecretária municipal de Gestão da Saúde, Lubélia Sá Freire, explicou que a partir de agora, em caso de exantema, em gestantes, será coletado material para sorologia. Se o resultado for negativo para rubéola, será investigado novamente para o Zika vírus. Já nas maternidades, os casos de microcefalia, quando o crânio é menor que o normal, passarão a ser notificados imediatamente para que haja tempo de coletar material para análise e, posteriormente, poder afirmar, ou não, se tem relação com o vírus.

 

Ainda sobre a hipótese de o Zika vírus ser contraído durante a gestação e poder causar microcefalia, o diretor-presidente da FVS informou que há uma situação favorável para o estudo científico dessa possível relação. “Não existe nada, até então, que comprove que o Zika é a causa de microcefalia, entretanto, é uma hipótese que temos que considerar. Estamos discutindo estratégias junto à Semsa e a FMT (Fundação de Medicina Tropical) para que seja possível detectar de forma mais precoce qualquer situação anormal em nascimentos de crianças na capital”, afirmou Bernardino Albuquerque.

 

LIRAa 2015

Até o próximo dia 27, a Semsa está realizando o Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). Cerca de 300 servidores estão envolvidos na ação, que consiste em visitas domiciliares, buscando identificar as larvas do mosquito, eliminar e tratar os potenciais criadouros, além de orientar sobre sinais e sintomas e, principalmente, formas de prevenção para minimizar os riscos e combater os focospropícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor.

 

A partir dos resultados do LIRAa, a Semsa poderá traçar um panorama dos locais com mais criadouros do mosquito, em cada bairro da cidade, e elaborar novas estratégias de combate e controle da doença. Lubélia Sá Freire também enfatizou a importância do apoio da população na ação. “Reforçamos a questão da segurança. Nossas duplas receberam crachás atualizados e são identificadas igualmente”, alertou.

 

“Com o começo das chuvas, a quantidade de ovos, que é muito grande, vai começar a eclodir e teremos um aumento no número de mosquitos. Estamos fazendo um bloqueio de segunda a segunda. Estamos vivendo uma situação confortável em relação aos três vírus – Dengue, Chikungunya e Zika, mas o nosso controle vetorial está bastante ativo”, explicou a subsecretária, lembrando que casos de denúncia de criadouros do mosquito Aedes aegypti podem ser comunicados por telefone, no número 0800-280-8-280.

 

Fotos: Assessoria / Semsa

Departamento de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa):92 3236-8315