Prefeitura fecha parceria com Sistema “S” para reforçar segurança alimentar

A venda de alimentos seguros para a população é a principal meta da parceria firmada na tarde desta quinta-feira (10) entre a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e o Sistema “S”, que engloba o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, realizou uma reunião na sede da Semsa, em Adrianópolis, com representantes do setor para que eles atuem integralmente com a Vigilância Sanitária de Manaus (Visa Manaus) e possam impedir que estabelecimentos comerciais e industriais vendam produtos sem qualidade à população.

“Essa é uma união de esforços em prol da saúde pública. Temos realizados várias blitze na cidade e verificamos estabelecimentos que oferecem alimentos que causam riscos à saúde da população. Com a parceria, estes órgãos realizariam cursos de capacitação e teriam o papel de orientar e conscientizar proprietários de restaurantes, lanchonetes e bares sobre higienização e armazenamento de alimentos, higiene pessoal e do trabalho, qualidade da água e combate às pragas para que seu estabelecimento esteja dentro das condições sanitárias exigidas por nós da Visa Manaus”, ressaltou o secretário.

Os cursos oferecidos pelo chamado Sistema “S”, termo que define o conjunto de organizações destas entidades corporativas que tem seu nome iniciado com a letra S, tem conteúdos em conformidade com a Resolução 216 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por estabelecer boas práticas para serviços de alimentação.

O resultado dessa parceria trará benefícios tanto para os fiscalizados, que recebem qualificação, quanto para os consumidores, que serão orientados a adquirir produtos comercializados dentro das normas da Vigilância Sanitária. “O resultado desse trabalho é que o índice de apreensão de alimentos por parte dos fiscais será bem menor e quem ganha é a população e a nossa cidade, já que as Olimpíadas são ano que vem e temos que ter muito cuidado na venda de alimentos, para que não haja riscos tanto para os turistas quanto para os manauaras e as seleções”, aposta Homero, acrescentando que os empreendimentos que estiverem em conformidade com o Código Sanitário, receberão Certificado de Qualidade.

Segundo a gerente de Educação do Senac, Marcilene Carvalho, o Programa Senac de Segurança Alimentar oferece consultorias para empresas para orientar sobre as boas práticas e controle higiênico-sanitário. “Os profissionais contam ainda com diversos cursos de aperfeiçoamento, além de pós-graduação, com o objetivo de reduzir os riscos de contaminação e, consequentemente, elevar o nível dos serviços de acordo com as exigências sanitárias”, afirmou.

Estiveram também presentes na reunião, o coordenador do Programa Alimento Seguro do Senai, Sérgio Furtado, a consultora técnica do Programa Alimento Seguro do Senac, Ellen Nestore, o coordenador de Relações com o Mercado do Senai, Augusto Furtado, a gerente da Divisão de Educação Profissional do Senac, Marcilene Carvalho, a gerente de Formação Profissional do Senac, Elizângela Alves e o gestor de Projetos de Alimentos Fora do Lar, José Gomes.

Vigilância Sanitária

A Anvisa possui a Resolução RDC n° 216, que dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Veja alguns pontos estabelecidos pela norma:

– Tipo de edificação e as instalações, que devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção.

– Higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios.

– Controle integrado de vetores e pragas urbanas.

– Sistema de abastecimento de água, lembrando que deve ser utilizada somente água potável para manipulação de alimentos.

– O estabelecimento deve dispor de recipientes identificados e íntegros para o manejo dos resíduos, de fácil higienização e transporte, em número e capacidade suficientes para conter os resíduos.

– O controle da saúde dos manipuladores (funcionários) deve ser registrado e realizado de acordo com a legislação específica.

– Os serviços de alimentação devem especificar os critérios para avaliação e seleção dos fornecedores de matérias-primas, ingredientes e embalagens.

– O transporte dos insumos deve ser realizado em condições adequadas de higiene e conservação.

– As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens utilizados para preparação do alimento devem estar em condições higiênico-sanitárias adequadas.

– Os alimentos preparados mantidos na área de armazenamento ou aguardando o transporte devem estar identificados e protegidos contra contaminantes. Na identificação deve constar, no mínimo, a designação do produto, a data de preparo e o prazo de validade.

– As áreas de exposição do alimento preparado e de consumação ou refeitório devem ser mantidas organizadas e em adequadas condições higiênico-sanitárias.

Fotos: José Nildo

Departamento de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa):92 3236-8315