Amazonas terá dez atletas no Intercâmbio com o Japão

Por Prefeitura de Manaus

15/04/2013 11h29

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O Campeonato Mundial Profissional de Jiu Jitsu terminou ontem, 13, distribuindo mais de US$1 milhão aos atletas que ocuparam o pódio do evento mais bem remunerado e prestigiado do planeta. No tatame o evento proporcionou oportunidades e destaque aos atletas. Fora dele não foi diferente. Em conversa com o diretor geral da Federação Japonesa de Jiu Jitsu, Takamassa Watancibe, o secretário Municipal de Desporto, Lazer e Juventude (Semdej), Fabrício Lima, fechou mais um importante projeto em benefício do esporte no estado do Amazonas. Desta vez, os “cascas-grossas” amazonenses serão agraciados com o Manaus/Japão Intercâmbio Esportivo.

De acordo com Takamassa Watancibe, serão escolhidos 10 atletas japoneses para ir a Manaus no mês de setembro deste ano e passar dez dias treinando com os atletas locais e promovendo clínicas a lutadores da terra. Um mês depois, em novembro, será a vez de dez manauaras – que serão selecionados por ranking – embarcarem para o outro lado do mundo e passar dez dias recebendo aulas e dicas de profissionais. Além disso, todos os 10 lutadores amazonenses terão a oportunidade de participar da Rickson Gracie Cup, um dos eventos principais de Jiu Jitsu, que acontece no Japão, em novembro.

“Os japoneses têm muito interesse para que Manaus os receba. Além de ser um centro de beleza em relação a sua geografia, o Jiu Jitsu no Amazonas é muito difundido e tem uma fama mundial. Nossos atletas poderão auxiliar os lutadores amazonenses com novas técnicas e conhecimentos diversificados, mas também poderão aprender muito. Disso não tenho dúvida. Fiquei muito feliz com a ideia e o consenso em que eu e o secretário Fabrício Lima chegamos. Tenho certeza que esta é uma feliz e longa parceria”, comentou o diretor-geral.

Segundo o gestor da Semdej, culturalmente e esportivamente, o Projeto irá agregar conhecimentos valiosos aos atletas amazonenses. Além disso, a ideia é que o intercâmbio nos próximos anos possa ser expandindo para outros países e beneficiando mais modalidades.

“O Japão é onde tudo começou. O judô e o jiu-jitsu são oriundos de lá. Logo, não vejo lugar melhor para nossos atletas obterem conhecimento, técnicas e prestigio. Tenho certeza que este Projeto vai abrir caminho para nossos lutadores e terá um resultado bastante positivo. Além do mais, com este intercâmbio poderemos estreitar relações comercias, pois temos grandes empresários do Japão em nossa Cidade. Com esse “respaldo”, vamos buscar parcerias que possam diminuir os custos da Prefeitura de Manaus e fazer com que o apoio aos nossos atletas amazonenses possa ser um hábito”, disse o Secretário.

Para o Manaus/Japão Intercâmbio Esportivo, ficou acertado entre Lima e o diretor geral da Federação Japonesa de Jiu Jitsu, que as passagens, alimentação e hospedagem dos atletas ficarão a cargo de cada gestor. Logo, os amazonenses selecionados terão o benefício todo custeado pela Prefeitura de Manaus. “Nós vamos ficar responsáveis por tudo e vamos dar todo suporte aos nossos atletas. Já a Federação do Japão irá bancar os japoneses. O esporte será o embaixador nas duas localidades”, comentou Fabrício Lima.

Amazonenses no Mundial

Para os 13 amazonenses que embarcaram para o Mundial, o prêmio não veio em dinheiro e nem em medalha na categoria Absoluto. Mas sim em aprendizado.

“Estou muito feliz por ter chegado até aqui. Essa é a minha segunda vez no Mundial e pretendo vir ano que vem e me superar ainda mais. Este ano eu senti que meu desempenho estava melhor, pois estou mais disposta tecnicamente e psicologicamente, e sei que para 2014 estarei muito melhor. Além disso, já fiz uma lista dos meus erros cometidos aqui e não vou repeti-los nas próximas competições”, disse Jéssica Oliveira, ao se referir aos dois combates difíceis que travou na final e que a deixaram de fora do pódio.

Com 28 anos, Thiago Reinaldo também teve que se conformar em não levar medalha para casa. O lutador segue de Abu Dhabi direto para São Paulo para se preparar para o Pan e Brasileiro, que acontece nos próximos meses. “A adaptação do fuso horário aqui é muito difícil (oito horas a mais em relação a Manaus) e o calor com ar seco prejudica muito a gente. Em um minuto o cansaço bate. Mas, estou satisfeito de ter chegado aonde cheguei e agora a luta já começou para participa da seletiva no mês de novembro, em Manaus, e estar aqui ano que vem novamente se Deus quiser”, comentou o amazonense.

Conseguindo embolsar US$8 mil dólares na categoria mais de 100 quilos, na última sexta, 12,  Antonio Braga Neto havia prometido tentar levar mais uma grana na tarde de sábado, 13. Além disso, prometeu fazer sua última luta antes de estrear no UFC. Mas, o atleta da Prefeitura de Manaus desistiu e não entrou no tatame na final do Mundial, devido às dores do combate anterior. “Não poderia entrar com a dúvida se ficaria machucado ou não, tendo o UFC pela frente. Por isso resolvi apenas assistir e torcer na Absoluto, já fechei com chave de ouro a minha participação no tatame”, disse o atleta.