Rede de atendimento à esporotricose humana é ampliada em Manaus

Por Prefeitura de Manaus

11/12/2025 14h59

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#paratodosverem – Profissional de saúde em atendimento a homem (de costas)

A Prefeitura de Manaus chega ao final de 2025 com a oferta do atendimento de casos de esporotricose humana ampliada para 39 unidades de saúde. No início do ano, eram 25 unidades preparadas para acompanhar os casos da doença, mas, seguindo o planejamento anual para fortalecer o acesso ao diagnóstico, tratamento e monitoramento, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) estendeu o serviço para outras 14 unidades da rede assistencial.

A chefe do Núcleo de Controle de Doenças de Notificação Compulsória e Agravos Imunopreveníveis da Semsa, Sulamita Maria da Silva, informa que as unidades de saúde de referência no atendimento da esporotricose humana estão distribuídas nos Distritos de Saúde (Disa) Norte, Sul, Leste e Oeste.

“Houve ampliação no Disa Sul, que no início do ano contava com uma unidade de saúde e passou a ter seis. No Disa Leste, eram sete unidades e, hoje, são nove. O Disa Oeste ampliou de 11 para 18 estabelecimentos de saúde realizando o atendimento”, informou Sulamita Maria.

Ela explica que o processo de ampliação é contínuo na rede de saúde. “É importante fortalecer cada vez mais a rede de saúde para que as pessoas possam ser atendidas, preferencialmente, em um local mais próximo da residência”, destacou Sulamita Maria.

Zoonose

A esporotricose é uma zoonose, ou seja, pode afetar pessoas e animais, especialmente gatos, sendo causada por fungos do gênero Sporothrix.

O fungo da esporotricose pode ser transmitido aos animais e às pessoas pelo contato com materiais contaminados, como casca de árvores, palha, farpas, espinhos ou terra. Em contato direto, o animal contaminado transmite a doença para o ser humano por meio de arranhões, mordidas ou contato com a pele lesionada. Não ocorre transmissão inter-humana.

Em animais, os sintomas mais comuns são feridas profundas na pele (úlceras), com risco de transmissão. Os sintomas iniciais em humanos são lesões similares a uma picada de inseto, que podem evoluir para feridas profundas sem o tratamento adequado.

No caso de esporotricose humana, o tratamento é feito com medicamento antifúngico e pode durar de três a seis meses, com necessidade de consultas mensais ou quinzenais, dependendo da avaliação de cada paciente, da resposta clínica e da situação imunológica do indivíduo.

Pessoas com contato com animais, especialmente com confirmação de esporotricose, devem ficar mais atentas para sinais da doença e procurar o atendimento médico. A doença pode agravar e levar a complicações quando o paciente apresenta outras comorbidades, como diabetes ou hipertensão, ou quando há abandono do tratamento.

As recomendações para prevenção e controle da esporotricose incluem ações de saúde ambiental com limpeza periódica de quintais, remoção de restos de materiais de construção e detritos de matéria orgânica em decomposição; de saúde animal, com o cuidado com animais domésticos para o tratamento precoce, controle de reprodução e restrição do acesso às ruas para evitar a transmissão no contato com outros animais; e de saúde humana com educação em saúde e uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) no cuidado com animais com a doença.

“Profissionais que atuam na área veterinária devem ter o cuidado redobrado no momento de atendimento dos animais com suspeita da doença, assim como os tutores de cães e gatos em ambiente doméstico”, orienta Sulamita Maria.

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Texto – Eurivânia Galúcio/Semsa

Fotos – Divulgação/Semsa