No ‘#SouManaus 2025’, Prefeitura reforça preservação do patrimônio público nos três dias
08/09/2025 14h14


No coração do maior festival de artes integradas da Amazônia, o “#SouManaus Passo a Paço 2025”, a festa organizada pela Prefeitura de Manaus também foi de responsabilidade e atenção ao precioso entorno e patrimônio histórico, arquitetônico, edificado e cultural da capital. Ao longo dos três dias de evento, uma equipe técnica do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), com dez profissionais, atuou de forma permanente no centro histórico para garantir que a animação do público não deixasse marcas negativas no patrimônio da cidade.
O centro histórico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 2012, e guarda exemplares únicos da arquitetura da Belle Époque.
O trabalho incluiu vistorias preventivas em prédios tombados e áreas de interesse histórico e cultural, orientando comerciantes, visitantes e equipes de apoio sobre os cuidados necessários. Durante os três dias, o time não registrou maiores intercorrências, orientando o público para que não se sentasse em locais não apropriados, como no chafariz na praça Dom Pedro 2°, ou até mesmo crianças sentadas em gradil de proteção aos edifícios. Entre as ações estavam ainda a atenção ao número de frequentadores no skyglass do mirante Lúcia Almeida, evitando superlotação.
Objetivo
O objetivo foi assegurar que a celebração fosse intensa, mas sem causar danos aos espaços públicos e privados que guardam a memória arquitetônica, ancestral e cultural da capital, além de garantir a proteção individual e segurança dos participantes.
“Nossa equipe técnica esteve presente todas as noites realizando fiscalização e monitoramento nos imóveis históricos. Atuamos de forma preventiva, verificando possíveis depredações, ligações clandestinas e até situações de risco, como crianças subindo em gradis ou pessoas se apoiando em estruturas que não são seguras.
Em cada caso, nossa abordagem foi orientar e retirar essas pessoas para evitar acidentes. Também estivemos atentos a qualquer intercorrência, prestando apoio imediato e acionando os serviços de saúde quando necessário”, destacou a arquiteta e urbanista do Implurb, Lorena Cunha.
Durante as três noites, a gerente de Patrimônio Histórico (GPH) do Implurb, arquiteta e urbanista Landa Bernardo, participou do colegiado municipal montado para o evento, por meio do Centro de Cooperação da Cidade (CCC).
Cuidados
Com essa ação, a prefeitura reforça que o “#SouManaus” é mais do que música e arte: é também preservação e respeito pela história da cidade. O cuidado com cada detalhe do espaço urbano foi determinante para que o festival, que atraiu milhares de pessoas, fosse uma experiência segura, vibrante e em harmonia com o patrimônio que emoldura o centro da capital.
Ainda que fragmentada, Manaus possui um vocabulário arquitetônico vasto e diversificado, com representação de todas as correntes ecléticas e a verticalização ainda não compromete a percepção do espaço criado na Belle Époque. A cidade pode ser vista como um espaço urbano composto por monumentos, arquitetura corrente e áreas livres públicas, formando um conjunto que celebra e representa o ecletismo no Norte do país.
O Centro Histórico de Manaus abrange uma área entre a orla do rio Negro e o entorno do Teatro Amazonas e ainda mantém os aspectos simbólicos e densos de realizações artístico-construtivas. Nacionalmente, Manaus está no rol das cidades históricas do Brasil, com inscrição no Livro de Tombo Histórico e no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
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Texto – Cláudia do Valle/Implurb
Fotos – Divulgação e Semcom