Alunos de escolas municipais participam do espetáculo ‘A Bela Adormecida’

Por Prefeitura de Manaus

28/11/2014 15h11

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Com 90% do elenco formado por alunos da rede pública de ensino, a Associação Belas Artes do Amazonas (Belarte) apresentou seu 9º espetáculo na noite desta quinta-feira, 27. A apresentação de ‘A Bela Adormecida’ encantou o público que lotou o teatro do Sesc, na Rua Henrique Martins, no Centro.

 

Entre o elenco de bailarinos, estavam alunos de várias escolas municipais da Secretaria Municipal de Educação (Semed), que participam das aulas de balé oferecidas na Escola Municipal Engenheiro João Alberto Braga, no bairro Monte Sinai, zona Norte. De acordo com a diretora artística do Belarte, Carolina Soler, o projeto acontece há nove anos em parceria com a instituição de ensino, que cede o espaço para os ensaios. O grupo utiliza os alunos para trabalhar a educação por meio da arte e da cultura, especificamente a dança.

 

“O projeto surgiu há nove anos. Hoje, temos o apoio de vários parceiros e patrocinadores. Uma das parcerias mais importantes é com a Escola Municipal João Braga, na qual realizamos os ensaios. Este ano, fizemos nosso 9º espetáculo, com a adaptação da peça A Bela Adormecida, utilizando um balé de repertório. Antes da apresentação, os treinamentos foram bem intensos, o que levaram a um resultado bem satisfatório”, disse a diretora artística.

 

O espetáculo A Bela Adormecida, que agradou a todos os presentes, foi dividido em Prólogo – O batizado – No Salão do Palácio do Rei Floresta XIV; Ato 1 – O Feitiço, Quinze anos depois no jardim do Castelo; Ato 2 – Cena 1 – A Visão – Um reino distante, a floresta – Cem anos depois; Ato 2 – Cena 2, O despertar – No Castelo e finalizou com o Ato 3 – O Casamento de Aurora.

 

Nos bastidores, a aluna Melissa Pereira, 12,  mostrava-se ansiosa. “Foi muita preparação, muito esforço para chegarmos até aqui. Os ensaios aconteciam mais aos sábados, mas aconteciam também nos feriados e nos domingos para não atrapalhar nas aulas. Eram quase cinco horas de ensaio. Estou no grupo há um ano e meio, gosto muito de balé e é um projeto muito bom com a escola”, destacou.

 

Mesmo sendo o seu sexto espetáculo apresentado, a aluna Ingrid Rocha, 14, destacou que o nervosismo sempre ocorre todas as meses que ela sobe aos palcos. “É meu sexto ano, meu sexto espetáculo com o grupo, mas sempre é diferente, sempre é especial e dá frio na barriga, mas depois passa e podemos mostrar o que nós ensaiamos”.

 

Com olhos atentos na apresentação, José Francisco Ferreira da Silva disse estar orgulhoso ao ver as três filhas, Jenifer Ribeiro Ferreira da silva, 11, Brenda Azevedo Ribeiro, 12, que estudam na Escola Municipal Tancredo Neves e Ingrid Maiara, 16, que estuda no Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos (Cemeja), se apresentarem.

 

Para José, a emoção foi maior quando Brenda, que tem paralisia cerebral, entrou em cena na sua cadeira de rodas e se apresentou.

 

“Sempre apoiei minhas filhas, levo e busco todos os dias na escola. Elas gostam do balé e melhoraram o comportamento e o rendimento na escola. A mãe delas não segura a emoção, sempre chora, ainda mais quando a Brenda entra em cena, ela tem paralisia cerebral e antes de participar do grupo de dança não conseguia nem se manter sentada na cadeira. Hoje, ela está mais firme e percebemos a felicidade dela”, relatou.

 

Além das escolas municipais, o elenco também é formado por alunos de escolas estaduais e particulares. O Belarte, que surgiu em 2005, é uma instituição sem fins lucrativos, que proporciona aos jovens igualdades de oportunidades para que possam desenvolver todo seu talento e se sentirem cidadãos, além de ter o intuito de envolver os familiares reforçando o seu significado social. O projeto, como informou Carolina Soler, tem como missão usar a dança para trabalhar a autoestima e autoconfiança dos alunos na construção de uma sociedade melhor e mais solidária.

 

TEXTO: João Pedro Figueiredo

FOTOS: Rodemarques Abreu