Prefeitura intervém e põe fim à greve dos vigilantes
13/02/2013 19h40

O prefeito Arthur Virgílio Neto mediou, na tarde desta quarta-feira, 13, a reunião entre o Sindicato dos Vigilantes do Amazonas (Sindevam) e o Sindicato das Empresas Patronais (Sindesp), pondo fim à greve iniciada nas primeiras horas do dia, que paralisou o funcionamento de algumas agências bancárias. O encontro aconteceu no Palácio Rio Branco, localizado no Paço Municipal, e durou, aproximadamente, quatro horas.
Apesar de não ser da responsabilidade municipal, a reunião foi uma proposta da própria Prefeitura de Manaus. Arthur Neto disse entender que tudo que afete diretamente a população precisa da atuação do prefeito e que essa não é a primeira e nem será a última greve em que se fará presente. “Se eu não entrasse nas negociações, poderia haver repressão e poderia ter havido insegurança para as pessoas que querem retirar seu dinheiro após o longo período de recesso carnavalesco. Eu entendo que meu dever como prefeito é de zelar pelos manauaras, portanto estou cumprindo o que prometi: ser um prefeito presente e que não deixa os seus munícipes desamparados”, afirmou Arthur.
A paralisação da categoria começou nas primeiras horas da manhã com mil vigilantes aderindo à greve, motivada pelo não pagamento integral dos 30% da bonificação por periculosidade, aprovados pela Lei 12.740 de dezembro de 2012. O prefeito Arthur Neto chegou por volta das 11h no local da mobilização, que se concentrou em frente ao Banco do Brasil da Avenida Sete de Setembro, Centro. De lá os trabalhadores se dirigiram para o Palácio Rio Branco.
No acordo apresentado pelo prefeito, ambas as partes cederam para que a greve chegasse ao fim. O Sindicato Patronal se comprometeu em pagar no dia 20 de março, os 10% retroativos ao mês de fevereiro, correspondentes ao restante dos 30% aprovados pela lei. O Sindicato dos Vigilantes, por sua vez, aceitou que o valor retroativo dos meses de dezembro de 2012 e janeiro de 2013 sejam pagos somente após uma nova negociação marcada para julho.
Para o presidente do Sindevam, Valderli Bernardo, a reunião foi muito positiva e a participação do prefeito, na qualidade de mediador, foi essencial para que o consenso fosse obtido. “A greve vai parar. O funcionamento dos bancos volta ao normal nesta quinta-feira, 14, e no mês de março já teremos o recebimento dos 30% adicionais já com efeito no contracheque dos nossos trabalhadores”, comemorou.
Nonato Caldeira, secretário geral do Sindesp, ressaltou que o acordo atende as duas partes. “Temos a convicção jurídica de que a lei ainda precisa de regulamentação, mas existe o lado dos trabalhadores que precisam receber de imediato suas bonificações. Com a sensibilidade do prefeito foi possível chegar a um denominador comum e, com isso, a população não será mais prejudicada”, concluiu.
REPORTAGEM: Alita Menezes