Superando desafios na zona ribeirinha

Por Prefeitura de Manaus

24/01/2023 15h00

Para conciliar com a cheia e vazante, as escolas ribeirinhas do rio Negro iniciaram o ano letivo 2023 no início de janeiro. Essas características únicas da região amazônica são desafios enfrentados pelos profissionais da educação, que com suporte logístico da Prefeitura de Manaus levam conhecimento às crianças e jovens residentes na zona rural da capital amazonense.

Com quase 30 anos lecionando matemática em escolas da zona rural de Manaus, o professor Vivaldo Grilo Júnior afirma que todos os dias encara uma verdadeira maratona para chegar à escola municipal São Sebastião II, localizada na comunidade São Sebastião, na região do Tarumãzinho, onde há quatro anos ensina alunos da 5ª a 9ª séries.

“Trabalhar aqui é muito prazeroso. Eu saio de casa às 5h para estar às 6h na Marina do Davi. De lá, pegamos a lancha da prefeitura, juntamente com os outros professores e alguns alunos que são de comunidades vizinhas. Gastamos em média 45 minutos nesse percurso, podendo ser maior por conta do banzeiro, de temporal. Existem essas dificuldades, mas essa é a rotina do ribeirinho. É uma aventura para ensinar as crianças na zona rural”, explicou o educador.

Vivaldo explicou que nos quatro anos em que está lecionando na comunidade São Sebastião, teve que enfrentar as dificuldades de ensinar durante a pandemia, quando as escolas fecharam e o ensino passou a ser remoto. Porém, com a inauguração da nova escola e o início do ano letivo, poderá voltar a ficar no ensino personalizado dos seus alunos.

O professor também revelou que busca, diariamente, ofertar aos alunos a melhor aula possível para que eles tenham a oportunidade de se desenvolverem academicamente até chegar a uma graduação superior.

“Sou nascido em Novo Airão. Então, já fui criado nessa realidade. Eu sempre disse que quando tivesse a minha graduação, sempre ia ajudar as minhas raízes. Tenho 28 anos de profissão, todos dedicados à zona rural. É uma vida acadêmica dedicada aos alunos da zona rural. O ensino daqui consegue ser mais personalizado devido ao quantitativo de alunos. Assim, podemos passar o conteúdo com uma melhor qualidade”, concluiu o professor.