Prefeitura vai lacrar “Titanic” amanhã

Por Prefeitura de Manaus

22/05/2013 22h23

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Dez das doze famílias que residiam em prédio condenado pela Defesa Civil do Município, localizado na rua Mundurucus, Centro de Manaus, deixaram o prédio até o final da tarde de hoje, com assistência de equipes das secretaria municipais de Requalificação do Centro (Semex) e da de Assistência Social (Semasdh), da Prefeitura de Manaus.

Apenas duas famílias encontraram dificuldades de realocação, o que, segundo a subcoordenadora de Assistência Social da Semex, Priscila Martiniano, deverá ser solucionada até amanhã, quando o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) lacrará o local. Das doze, seis receberão amanhã o auxílio do Aluguel Social da Semasdh. “As famílias foram orientadas a procurar um novo lugar para viver. Algumas poucas encontraram dificuldade, mas até amanhã tudo estará solucionado”, garantiu Priscila Martiniano.

A ação de desocupação iniciou na sexta-feira da semana passada, 17, sob a coordenação da Secretaria do Centro em parceria com a Defesa Civil, Semasdh, Implurb e Departamento de Vigilância Sanitária (DVisa) da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Foi disponibilizado para a mudança dois veículos modelo Kombi e um caminhão.

O trabalhador autônomo Ricardo Etore Silva, 40, foi um dos beneficiados com o Aluguel Social. Ele deixou o prédio com a sua esposa e mais dois filhos e mudou para o bairro Jardim Mauá. Ricardo morava no Titanic desde 2002 e se sentia incomodado com o estado de insalubridade do prédio, da falta de segurança para os seus filhos e o tráfico de drogas presente no lugar. “É uma área de muito risco. Já estávamos pensando em sair daqui. Agora com o apoio da prefeitura vamos recomeçar nossa vida num lugar mais tranquilo”, disse.

O ambulante Paulo Xavier da Silva, 40, deixou o prédio hoje e mudou para outro quarto, no Centro.  Ele morava sozinho no terceiro andar do prédio. Por ter condições de se manter pela renda que consegue com seu trabalho como ambulante não receberá o Aluguel Social. Para Paulo Xavier a saída do local é necessária por conta dos riscos que o Titanic apresenta. Assim como ele, as famílias pagavam aluguel de R$ 130 para o proprietário identificado pelo nome de Ivan Arteiro.

Após a saída de todas as famílias, o proprietário do prédio será notificado pelo Implurb. Ele deverá apresentar num prazo de 24 horas um plano de demolição voluntária. Caso não cumpra o prazo, o proprietário será multado e por um valor que calculado sobre a dimensão do imóvel e o risco que ele representa. Em seguida a prefeitura poderá se responsabilizar sobre a demolição, com os custos todos cobrados do dono do prédio.