Prefeitura de Manaus executa 777 cremações PETs em 50 dias de atendimentos
28/10/2024 16h50


A Prefeitura de Manaus, via Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), alcançou resultados significativos no serviço de “Crematório Pet” na capital. Nos 50 primeiros dias de execução, foram realizadas 777 remoções. O serviço gratuito está disponível para animais domésticos e também animais encontrados mortos em logradouros públicos, como os que são vítimas de atropelamento.
O “Crematório Pet” é um serviço municipal lançado para evitar o descarte inadequado de animais mortos, principalmente nos igarapés, evitando risco ambiental. O método de incineração é apontado como eficaz, sobrepondo-se ao aterro sanitário e autoclavação (esteriliza resíduos e evita riscos de contaminação ambiental).
O prefeito de Manaus, David Almeida, destacou que a atual gestão verificou um número expressivo de casos de animais mortos presos nas ecobarreiras dos igarapés da capital, que possuem função principal de evitar a chegada de resíduos sólidos ao rio Negro.
“A remoção evita a propagação de doenças transmitidas por animais contaminados que poderiam afetar outros pets e humanos. Na nossa gestão, não medimos esforços pelo menos favorecido, essa é uma forma respeitosa e sustentável de se despedir, para a população isso é muito positivo, pois atende a quem não tem condição de enterrar seu animal doméstico de forma adequada”, afirmou o prefeito.
A população tem se mostrada solícita ao programa. Em média, aproximadamente 15 atendimentos são realizados por dia. “Essa iniciativa da prefeitura é muito boa, e me ajudou bastante, estou muito agradecida pelo atendimento, tudo foi muito rápido, eu liguei e em pouco tempo vieram remover minha gatinha. Os atendentes foram educados e respeitosos com o cadáver, eles tiveram tanta empatia comigo e minha filha, que na hora chorávamos muito com a perda. Maya era membro da nossa família e ficará eternizada em nosso coração”, disse Crissiane Rebouças.
A solicitação do “Crematório Pet” pode ser realizada por meio do WhatsApp (92) 99164-3555 ou (92) 98842-1203. O atendimento ocorre no período de 24 horas, de domingo a domingo.
Risco de poluição
A ausência de uma legislação norteadora e desconhecimento leva a população civil a enterrarem os cadáveres dos animais, sem causa confirmada da morte, em quintais ou descarte ambiental, sendo método inadequado pelo risco previstos de causar poluição de qualquer natureza conforme Lei Federal n° 9605/98-Art. Federal N° 12.305/10; Res. CON/MA 358/2005 e RDC ANVISA N° 306/2004.
O cadáver do animal pode acabar contaminando os lençóis freáticos e, consequentemente, a água que é consumida, violando questões de saúde pública e ambiental por oferecer potenciais riscos à integridade física de terceiros.
Toda carcaça, contaminada ou não por agentes patogênicos, é classificada como resíduo sólido com risco potencial à saúde pública. Microrganismos como Salmonella sp, Clostridium perfrigens, Clostridium botulinum, bactérias mesófilas anaeróbias, aeróbias e Bacillus anthracis são contaminantes identificados em descarte inadequado de cadáver animal. O método de incineração é apontado como eficaz, sobrepondo-se ao aterro sanitário e autoclavação.