Técnica de ilusão de movimento é tema de formação de professores indígenas

Por Prefeitura de Manaus

30/07/2018 13h35

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Apresentar aos professores a técnica Stop Motion (ilusão de movimento), dando a oportunidade da inclusão de novos recursos como ferramenta didática dos professores indígenas, foi o conteúdo da formação continuada “Representação de Mitos Indígenas com Stop Motion”. O curso foi realizado nesta segunda-feira, 30/7, na Gerência de Tecnologia Educacional (GTE) da Secretaria Municipal de Educação (Semed), localizada na avenida Maceió, zona Centro-Sul de Manaus.

 

30.07.18 Representação de Mitos com técnica Stop Motion

 

A ação faz parte da finalização da disciplina de Ensino e Tecnologia, por alunos do curso de Mestrado Ensino Profissional e Tecnologia, do Instituto Federal do Amazonas (Ifam). A assessora pedagógica da Gerência de Educação Indígena (GEEI) da Semed, Giovana de Oliveira Ribeiro, é uma das alunas do curso de mestrado e ressaltou a importância da atividade para os professores que trabalham na rede municipal.

 

“Essa oficina vai oportunizar que esse professor conheça novas técnicas de trabalhar mídia em sala de aula. Nós vamos fazer essa formação, depois eles vão ter a oportunidade de desenvolver a oficina dentro do seu espaço cultural e de sua escola indígena”, concluiu.

 

Satisfeita por ter participado da formação, a professora indígena da etnia Baré, Luciana Pascoal Araújo, atua na Escola Indígena Municipal Puranga Pisasú, localizada na Comunidade Indígena Nova Esperança, rio Negro, zona Ribeirinha, e destacou o aprendizado obtido na oficina. Segundo ela, já pensa em como utilizar as novas possibilidades de ferramentas pedagógicas em sala de aula.

 

“Os nossos mitos são muitos na oralidade. Vai ser muito bom para o pedagógico das crianças poderem criar os personagens, fazer de fato essa história virar um vídeo, coisa ainda que não foi vista, só contado. Vou trabalhar muito com as crianças na parte artística, na oralidade, fazer com que eles tenham a percepção de que os mitos são de grande valor cultural”, disse.

 

O professor indígena da etnia Sateré-Mawé, Pedro Hamaw (Satere Mawe), do Centro de Educação Escolar Indígena (Ceei) Kuia, na Aldeia Inhãa-Beê, localizado no rio Tarumã-Açu, zona Rural/Ribeirinha de Manaus, disse que o aprendizado vai ajudar muito os alunos dos povos Sateré-Mawé e Tikuna.

 

“É bem interessante trabalhar essas tecnologias, esses ensinamentos. Na função de professor e formador, é bom aprender e adequar isso aos nossos alunos. É muito importante esse conhecimento, inclusive essa formação é algo muito grande de estarmos adquirindo e aprendendo como educador para levar as nossas aldeias e centros”, comentou.

 

Texto: Paulo Rogério Veiga/Semed

Fotos: Cleomir Santos/ Semed

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