Orgulho de ser gari
23/05/2024 17h15

No último dia 16, foi comemorado o “Dia Nacional do Gari”. Essa data é um reconhecimento ao trabalho fundamental realizado pelos profissionais pelas vias da capital amazonense. Os servidores participaram de uma comemoração realizada pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp). Entre os homenageados estava Raquel Oliveira, 55 anos, que há 35 anos atua como gari e tem sua história familiar ligada a profissão.
Natural de Manaus, Raquel Oliveira é filha de servidores que atuaram como garis. Ela frisa que ama a sua profissão e tem orgulho de ter sua fiel companheira, a vassoura, no seu dia a dia de trabalho.
“Gosto de ser gari, foi uma escolha minha. Sou filha de pai e mãe garis. Eu nem me vejo em outra profissão. Criei meus filhos, ajudei a criar meu neto, agora já sou bisavó, já ajudo a criar minha bisneta, tudo daqui desse trabalho. Graças a Deus é um trabalho digno e que merece respeito das pessoas”, afirmou Raquel.
Ao longo da sua caminhada, a servidora já atuou na varrição, jardinagem e nos mutirões realizados pela Semulsp. Desde 2022, ela está trabalhando no viveiro da pasta, localizado na sede da secretária, na avenida Brasil, bairro Compensa, zona Oeste.
“Já trabalhei capinando, varrendo, pintando, na jardinagem, na varrição. Passei 17 anos trabalhando à noite. A gente quando é um gari, a gente serve, tanto varrendo como capinando, plantando. Ser gari é servir”, salientou a servidora.
Raquel lamenta que atualmente muitos cidadãos não respeitam os garis, o que, segundo ela, era diferente no passado. “Antes, quando a gente trabalhava pelos bairros, as pessoas viam aquela turma de gari, elas ficavam alegres, felizes, aí davam refrigerante, compravam bolacha para gente merendar, fazia o café, recebia a gente, tinha aquele amor, aquela alegria. Hoje em dia já mudou, as pessoas já não são mais assim”.