Prefeito David Almeida vai apresentar na COP 30 projeto das ecobarreiras que retêm 300 toneladas de lixo por mês nos igarapés de Manaus

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O prefeito de Manaus, David Almeida, destacou que as 12 ecobarreiras instaladas nos igarapés da capital retêm, em média, 300 toneladas de resíduos sólidos por mês, materiais que, sem as estruturas, chegariam ao rio Negro. O projeto, considerado uma solução simples e eficaz de preservação ambiental, será apresentado pela gestão municipal na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro.

Durante inspeção realizada na ecobarreira do igarapé do Mindu, na zona Centro-Sul da capital, nesta terça-feira, 4/11, o prefeito informou que o município recolhe, em média, 78 mil toneladas de resíduos por mês, totalizando aproximadamente 936 mil toneladas por ano.

As ecobarreiras foram implementadas há 23 meses e se tornaram uma importante aliada no sistema de limpeza pública da cidade. Somente no ano passado, 2,8 mil toneladas de lixo flutuante foram retiradas dos igarapés por meio dessas estruturas. De janeiro a junho deste ano, o volume recolhido já chega a 1,6 mil toneladas.

“Na próxima semana nós vamos ter, na cidade de Belém do Pará, a COP30. Dentre outros projetos, nós vamos apresentar o projeto das ecobarreiras, que ajudam a preservar o meio ambiente. A gente consegue, por mês, segurar nas 12 ecobarreiras que nós temos aproximadamente 300 toneladas de lixo, lixo esse que iria descer pelos igarapés, chegar até o grande rio Negro e, posteriormente, até o oceano. Com isso, a gente contribui para o meio ambiente, preservando os nossos mananciais. É essa a nossa ideia: buscar soluções para melhorar o meio ambiente”, destacou o prefeito David Almeida.

O titular da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Sabá Reis, explicou que as ecobarreiras impedem que grandes volumes de resíduos, inclusive objetos como carcaças de geladeiras descartadas de forma irregular, cheguem a obstruir a rede de drenagem, o que pode causar alagamentos em diversas áreas da cidade. O secretário reforçou o chamado à conscientização da população.

“Quem é responsável por isso não é a natureza, é o ser humano. A natureza está apenas reagindo. As pessoas precisam entender que podem ajudar deixando de descartar lixo de forma incorreta. As ecobarreiras não eliminam totalmente o problema, mas evitam que grande parte do lixo chegue ao rio Negro. O apelo que eu faço é que, se cada um fizer a sua parte, vai evitar pagar com a própria vida o transtorno causado pelos alagamentos”, enfatizou Sabá Reis.

Nos próximos dias, a Semulsp vai instalar uma nova ecobarreira no igarapé 13 de Maio, localizado no bairro Educandos, zona Sul, próximo à feira da Panair. A estrutura vai se somar às demais no esforço de reduzir o lixo que chega ao rio Negro.

Graças às ecobarreiras, as operações de transbordo do rio Negro registraram uma redução significativa na quantidade de resíduos recolhidos pela Prefeitura de Manaus. Antes das ecobarreiras, eram retiradas de 600 a 700 toneladas por mês; agora, a média caiu para 300 a 400 toneladas, segundo dados da Semulsp.

Todos esses resultados serão apresentados pelo prefeito na COP30, demonstrando o compromisso da Prefeitura de Manaus com a gestão eficiente de resíduos sólidos, um dos grandes desafios das metrópoles, e com a preservação ambiental.

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​Texto – Geraldo Farias / Semcom

​Fotos – Antonio Pereira / Semcom