Prefeitura orienta população sobre chuvas e áreas de risco

Por Prefeitura de Manaus

03/01/2012 17h28

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Com as fortes chuvas neste período do ano, na cidade de Manaus,  aumentam o número de ocorrências registradas pela Defesa Civil Municipal. Por isso o órgão reforça as orientações as famílias que moram em áreas de risco iminente e explica como funciona seu plano de contingência.

O diretor de Operações da Defesa Civil Municipal, Cláudio Belém, esclareceu que  Sistema de Proteção da Amazônia-Sipam envia boletins diários com a previsão meteorológica, que norteiam ações do plano de contingência. “De acordo com as informações deslocamos nossas equipes para a área que possivelmente possa ser atingida e assim iniciar as ações do plano de contingência, antes de alguma situação mais extrema, como desabamentos, deslizamentos ou alagações”, explicou.

Efetivo

O efetivo da Defesa Civil é de 60 pessoas, porém o órgão age em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf)  e Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) como destaca Belém. “Nós temos os agentes específicos que fazem o trabalho de campo, mas logicamente que em ações de emergência, após verificado o nível de gravidade da situação, acionamos outras secretarias do município, pois temos uma ligação direta com elas”.

Risco iminente

A Defesa Civil orienta que moradores que identifiquem risco de perigo, a sair de casa para um local seguro e acionar o órgão. Uma vez feita a ocorrência, os agentes irão até o local para verificar as condições da edificação ou terreno”, disse o diretor de operações.

Cláudio Belém, ressaltou que após o levantamento da situação de risco, a Defesa Civil, aciona outra secretaria, de acordo com o que foi constatado no local. “Se o problema for um caso de uma drenagem acionamos a Seminf, se gerar desabrigados acionamos a Semasdh ou outra secretaria que venha ajudar a resolver o problema, na realidade a Defesa Civil somos todos nós”, exemplificou.

Em situações extremas, onde várias famílias ficam desabrigadas, a Defesa Civil é amparada pela legislação federal a fazer uso de prédios públicos para abrigá-los “ .

Um levantamento de áreas de risco está sendo feito em conjunto com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e deve ser finalizado até o fim do primeiro semestre de 2012. Até o momento,  já existe o mapeamento de vinte e três áreas de risco com grande erosão. Nessas áreas, existem cento e dez famílias que estão sendo monitoradas. A estimativa é de que cerca de 5 mil famílias residem em áreas propensas a sofrerem algum tipo de prejuízo com as chuvas.

“O problema é que muitas famílias se recusam a sair do terreno, mesmo após ser condenado pela defesa civil”, diz Cláudio Belém. Segundo os dados da Defesa Civil, somente em dois mil e onze, foram três mil e quarenta e nove ocorrências. Dessas, quatrocentas e cinqüenta estavam relacionadas às alagações.

Quem quiser entrar em contato com a Defesa Civil para denunciar situações irregulares pode fazê-lo através do número 199 e também pelo 3675-3459 ou 3675-3088.

Ocupações irregulares

Em sua grande maioria, as áreas de risco são resultantes de ocupações irregulares, em encostas, áreas alagadiças, ou até mesmo áreas de preservação ambiental próximas ao igarapé.

Para Belém, 95% das áreas de risco são ocupações irregulares o que intensifica o trabalho da prefeitura. “Mesmo com a grande incidência dessa ocupações, se o morador pedir o nosso auxílio, o município estará pronto a prestar assistência”, disse.

Defensor comunitário

No ano de 2011, a Defesa Civil selecionou 60 crianças e adolescentes, em áreas de risco,  para receberem orientações e se tornarem defensores comunitários.

O projeto que tem a finalidade de orientar moradores de locais que apresente algum tipo de risco, informações que possam ajudar em caso de uma situação mais extrema. “ Os participantes aprendem  noções de primeiros socorros, defesa civil, preservação ambiental, entre outras informações que possam  evitar futuros problemas. Eles são pequenas sementes que irão ajudar essa realidade”, contou Belém.

Entre os parceiros do projeto, estão o Grupo Alfa da Universidade do Estado do Amazonas – UEA, a Organização não Governamental Sussuarana e Academia de Bombeiros Civis do Amazonas- Abcam.