Prefeitura de Manaus começa a desenvolver ações em áreas historicamente afetadas pela cheia do Rio Negro
30/01/2015 14h53

A Defesa Civil de Manaus começou a fazer o levantamento de áreas atingidas historicamente pela cheia do Rio Negro. Segundo dados do Porto de Manaus, que faz a medição diariamente da subida do rio, o nível nessa sexta-feira, 29, é de 23,40cm, ou seja, dez centímetros acima do mesmo dia do ano passado.
Nesta quinta, 29, e sexta-feira, 30, agentes da Defesa Civil de Manaus percorreram 11 bairros fazendo o levantamento da subida do rio e da aproximação da água nas casas que podem ser atingidas no nível máximo da cheia. Todos os lugares foram fotografados e a partir de agora serão monitorados para evitar o contato dos moradores com a água. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) também acompanha o trabalho para que em caso de necessidade, possa atender famílias por meio do Aluguel Social, benefício garantido pela Lei Municipal nº 1.666/2012.
Segundo o diretor operacional da Defesa Civil de Manaus, engenheiro Cláudio Belém, um fator relevante para o início dos trabalhos de prevenção é a cheia do rio madeira, que, apesar de não passar por Manaus, já coloca em alerta o órgão. O rio já apresenta esse ano uma das maiores cheias, a exemplo do ano passado.
“Como o rio madeira apresenta cota acima do normal, o que reflete em Manaus, estamos nos antecipando, visitando as áreas e conversando com as comunidades para que possamos fazer um plano de contingência de prevenção e reduzir o impacto da subida do rio em lugares que alagam” explicou, acrescentando que reuniões já estão ocorrendo entre a Defesa Civil e outros órgãos para a elaboração do plano de contigência.
“Estamos conversando com o órgãos e outras estruturas que têm ligação e atuação direta ou indireta com a cheia dos rios, como o Prosamim (Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus) e a Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) – ambos do Governo do Estado, para analisarmos como está o andamento da retirada das famílias dessas áreas. É a partir dessas informações que vamos ter noção de com quantas famílias vamos trabalhar”, disse o engenheiro.
Bairros como São Jorge, Aparecida, Centro, Presidente Vargas, Betânia, Educandos, Raiz, Mauazinho, Tarumã, Colônia Santo Antônio e Glória são os mais afetados, mas o impacto real da cheia deste ano só será emitido no primeiro alerta do CPRM – Serviço Geológico do Brasil, no mês de março.
Atendimento Social
Para evitar que as famílias sejam severamente prejudicadas com a subida das águas, a Defesa Civil de Manaus está atuando de forma preventiva, avaliando o risco das moradias em áreas de risco e que alagam e emitindo laudos. O documento é submetido à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), com a indicação das famílias que precisam sair de suas casas e que devem ser atendidas. A partir desta etapa, a Semasdh assume a responsabilidade no cadastro, disponibilização do Aluguel Social e acompanhamento das famílias que passam a receber o benefício.
Fotos: Assessoria / Defesa Civil de Manaus
Assessoria de Comunicação da Casa Militar/ Defesa Civil de Manaus: 92 3625-7288 / 98842-1411